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A inglesa Elizabeth Zimmermann (1910 – 1999) era fonte de inspiração até mesmo quando assumia um erro. Dama do tricô, ela reinventou diferentes técnicas, propôs a costura com duas mãos e linhas de cores diferentes e até mesmo a criação de um suéter com agulha angular – o que para as entendedoras garantiu muita praticidade.
Em pleno 2016, mais um "achado" de EZ, como é chamada no mundo das artes manuais, é o queridinho do momento. O i-cord surgiu de um ponto que a inglesa teria errado e, não à toa, ganhou, quando traduzido, a expressão de "corda idiota". Quem não ligou o nome ao visual, o i-cord também é chamado de tricotin ou rabo de gato, em referência ao formato tubular (como uma cauda do bichinho), que vai ganhando o comprimento de uma corda.
– Estive em feiras na Alemanha e na França e percebi que aquelas peças que estavam tão em evidência nada mais eram do que o ponto rabo de gato que aprendi com a minha avó na infância. No Brasil, com a associação ao clima tropical, as pessoas demoraram um pouco mais para aderir, pois têm resistência à lã. Mas hoje já está com bastante força em trabalhos de artesanato para decoração e também para acessórios de moda, como colares e enfeites para cabelo – explica a artesã e empresária Lu Gastal.
O formato de tubo permite que seja inserido um arame e, assim, ganha diferentes formas e acabamentos: você pode ter, então, palavras escritas em tricô, um clip estiloso para um mural de recados ou o que mais a criatividade mandar, como uma nuvem para o quarto das crianças. O efeito vai do romântico, ao lúdico.
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O i-cord pode ser também o toque final em outros objetos de decoração, como um detalhe que faz a diferença em garrafas e vasos ou como base de luminárias artesanais – e você vê muitas opções por aí em lojas e feirinhas da cidade.
Como toda técnica artesanal, não tem regra rígida para usar o I-cord, que pode ser visto personalizado de diferentes formas, cores e texturas dos fios.
Quer se aventurar nos entrelaçados do tricotin?
• Há duas maneiras de tricotar o i-cord. Uma é com duas agulhas de tricô (Lu Gastal usa a tamanho 4,5). A outra é com um aparelho que imita um pequeno tear de quatro pontos. Como é um utensílio difícil de achar e muitas vezes caro, é possível produzi-lo em casa, com um pedaço de madeira com quatro pregos (todos na mesma extremidade, contornando um furo central, por onde o tubo de lã desce conforme o tricô é feito). Quer ver na prática?
• Dica: quem prefere formas mais largas (como as luminárias acima, da marca Mezcla), tem a opção de fazer com um tear maior, de oito pontos, e lãs mais grossas.