Coleção de livros com títulos de capas pretas, cinzas ou brancas, empilhadas em filas horizontais ordenadas. Quase todos os itens (sofá, cadeiras e os ternos do dono da casa) exibem as mesas cores - as paredes são cinza com acabamento branco - assim como a maioria das obras de arte do espaçoso apartamento de um quarto no entorno do Central Park, em Nova York.
O dono, Todd Waterbury, diretor de criação e consultor de marcas, responde ao seu próprio código estético. É um perfeccionista do design, não se guia por parâmetros da moda para decorar seu habitat, mas por regras pessoais meticulosas, minimalistas por natureza.
Maníacos por menos
Há pessoas tão meticulosas que não têm móveis, com alergia a "objetos amontoados" e ao design em geral, como Klaus Biesenbach, diretor da filial alternativa do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).
- Eu gosto de reduzir tudo à sua superfície original - diz.
Há cinco anos, mora em um apartamento praticamente vazio no Lower East Side de Manhattan. Até recentemente, havia pouco mais de um colchão e uma TV.
Também tentaram empurrar um sofá para o arquiteto minimalista inglês John Pawson. Ele já projetou um poderoso espaço vazio para Calvin Klein e o Museu do Design de Londres, além de ser o autor de Minimum, o manifesto do perfeccionismo (o publicitário Waterbury tem um exemplar na estante). Pawson viveu quase 20 anos sem sofá.
Mas o perfeccionismo pode ser uma fase. David Mann, arquiteto de Manhattan, é um exemplo de perfeccionista não praticante ou recuperado. Em seu trabalho, Mann cria um minimalismo luxuoso, deixa até as tomadas invisíveis. Ele vive em um estúdio de 40 metros quadrados no topo de um prédio na East 10th Street, um espaço que já teve grande variedade de objetos de decoração, deixados pelo inquilino anterior.
New York Times Service
Perfeccionismo e minimalismo se confundem nos habitats de criativos
Tendência de ambientes com poucos objetos decorativos e cores se espalha pelas metrópoles do mundo
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