É a palavra mais poderosa da língua portuguesa: coisa. Cinco letras que, unidas, englobam significados variados e misteriosos. Dentro dela, a imensidão do intraduzível. Lembro a diretora Irene Brietzke, que dirigiu minha primeira peça, Trem-Bala, em Porto Alegre. É a elegância em pessoa, mas quem a conhecia há mais tempo me prevenia: alguns dias antes da estreia, ela terá a "coisa", prepare-se. Minha imaginação orbitava. O que seria essa "coisa" que ela teria? Um ataque de estupidez, uma mudez insistente, um sumiço, uma alergia, um troço? Tudo isso. Eu é que quase tive uma coisa na véspera, mas no dia seguinte a peça estreou com sucesso.
MUITOS SIGNIFICADOS
Que coisa é essa?
Na minha santa ingenuidade, desejava que as relações fossem mais claras, objetivas, mas a coisa não era bem assim, diziam
Martha Medeiros
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