Para os superbilionários do mundo é um número irrisório, eles que não chegam a 200 no planeta inteiro – diz a Revista Forbes, bíblia dos ricos. O mais de todos, Elon Musk, tem hoje uma fortuna avaliada em US$ 251 bilhões, e enriqueceu ainda mais na pandemia, diferentemente dos comuns dos mortais. É tão tão tão rico que há meses chateia a paciência geral com os vai e vens da compra do Twitter, um negócio cheio de reviravoltas que terminou em passaralho. Até a semana passada, quase 5 mil funcionários da empresa já haviam sido demitidos. E por e-mail.
Mas deixemos Elon Musk para lá, que o assunto aqui são os outros.
E bota outros nisso. De acordo com a ONU, a população mundial chegou aos 8 bilhões de almas no dia 15 de novembro.
8 bilhões.
Enquanto a gente aproveitava o feriadão no Brasil, o bebê de número 8 bilhões fazia a população mundial trocar de divisão. Pode ter sido em Hiroshima, em Teresina, em Jakarta, em Milão, em Gravataí, pode ter sido em qualquer lugar e, se tiver sido em algum canto da China, ninguém vai se espantar. A China continua a ser o país mais populoso do planeta, com quase 1,5 bilhão de pessoas.
Não sei você, mas sempre achei os dados sobre população fascinantes. Um viva aos valentes pesquisadores do IBGE, que acabam de enfrentar os maiores perrengues para mapear a população brasileira. Esperando ansiosamente pelos resultados do censo 2022 para conhecer mais sobre quem somos, para onde vamos e, muito importante, quando vamos sair da frente dos quartéis. A vizinhança não aguenta mais ouvir o hino dia e noite.
Dados curiosos sobre a população. Foram necessários 121 anos para que o mundo passasse de 1 para 2 bilhões de habitantes, e apenas 35 anos para atingir os 3 bilhões. Desde então, cada novo bilhão é atingido a cada 12 anos, em média. Com seus quase 216 milhões de habitantes, o Brasil é o sétimo país mais populoso, atrás da campeã China e, pela ordem, da Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão e Nigéria.
A população também está envelhecendo, o que reflete o aumento da expectativa de vida. Pessoas com mais de 50 anos representam hoje 25% do total. Daqui a cinco décadas, serão 38%. E seja em qual faixa etária for, a quantidade de homens e mulheres praticamente se equivale.
Somos 8 bilhões, e isso é gente que não acaba mais.
Fico imaginando o nascimento do bebê 8 bilhões, seja lá onde foi. A mãe está encantada com o filho nos braços e diz que nada pode ser maior que a alegria pela chegada dele. Não importam as guerras, ela fala. Nem o aquecimento global, que ano a ano modifica para pior as perspectivas do planeta, nem a exploração da Amazônia, nem a exploração das pessoas. É então que o bebê 8 bilhões pensa, segundos antes de botar a boca no mundo: posso voltar?