Eu não sou fã de grandes redes de café. Para mim, os preços altos, o ambiente impessoal e os pratos muitas vezes decepcionantes não têm comparação com as cafeterias menores e mais charmosas, onde o carinho fica visível desde o ambiente ao que é servido. Por isso, fico feliz ao ver que o número desses cantinhos aconchegantes aqui no Recife só faz aumentar. Tentando conhecer vários deles, recentemente saí da minha rota do dia a dia pra ir visitar a Malakoff Café Gourmet, aberta ano passado no bairro do Prado.
Foi só estacionar para começar a me apaixonar. Localizado na movimentada Abdias de Carvalho, o Malakoff, apesar de pequeno, consegue chamar a atenção com a parede grafitada colorida, a fachada em madeira e o mobiliário externo feito de pallets. Para completar, cavaletes com texto escrito à mão informam: o lugar é especializado em cafés, com nada menos do que 11 métodos de extração do grão.
Métodos esses que são explicados pacientemente pelos funcionários. E, se a explicação não for suficiente, você pode espiar os processos enquanto o barista usa os diferentes utensílios com cara de laboratório de química expostos no balcão.
Ou pode dar uma olhada nas ilustrações no painel tipo quadro negro que ocupa uma parte da parede.
Se você reparou bem, deve ter visto também as hashtags #slowcoffee e #cafésempressa no cavalete lá em cima. Essa é a sensação que eu gosto de ter num lugar desses, e encontrei no Malakoff: um convite a dar uma pausa na correria, para trocar uma ideia com amigos, ao redor das mesas com cadeiras coloridas.
Ou relaxar e ler um livro, que você pode pegar lá mesmo na estante.
Depois de conhecer um pouco sobre as diferentes formas de extração do café oferecido na casa, resolvi pedir um feito na French Press (aquela cafeteira francesa que extrai o café pela de pressão do ar). Essa é uma das opções mais suaves e foi servida numa caneca de ágata, que eu acho uma graça.
E que também está presente na decoração do lugar.
Para comer, comecei com um escondidinho de charque desfiado. Com queijo mussarela gratinado, ele é supercremoso.
Já na sobremesa não acertei tanto assim. Pedi um dos bolos do dia, que era de cenoura com calda de chocolate. Estava bom, mas prefiro bolos mais fofinhos e caldas mais “brigadeirísticas”, sabe?
E como é pouco comer uma sobremesa só, pedi ainda um Barão do Rio Branco, que é como eles chamam o affogato. Sorvete + café + chantilly + calda de chocolate. Uma combinação que não tem muito como dar errado, né? E não deu mesmo. Só não foi muito fácil de comer nessa taça, mas a apresentação é tão linda que compensa.
Ah, e quando eu achei que já tinha visto muita coisa fofa num lugar só, chegou a conta guardada na gavetinha de um minimoedor de café.
Obviamente, a conta em si ficou enterrada numa pequena montanha de café que eu moí porque achei divertido. Mas distrações à parte, o preço da minha gordice foi 38 reais. E ficou a vontade de voltar pra explorar mais o cardápio - incluindo, é claro, os diferentes tipos de café.
Malakoff Café Gourmet
Av. Abdias de Carvalho, 1142 - Prado
Recife/PE
Fone: (81) 3128-0113
Aceita todos os cartões
* Conteúdo produzido por Luísa Ferreira