Com todo esse buzz acontecendo por conta da inauguração do Eataly, a primeira loja da franquia na America Latina, não seria diferente o fato também mexer com a minha curiosidade em conhecê-lo, o quanto antes possível, mesmo ciente do caos que são as inaugurações (de lugares incríveis e medianos) aqui em São Paulo. E foi no dia seguinte a abertura oficial, em uma quarta-feira pós hora do rush do jantar, que me aventurei nesta experiência. Logo de cara, trânsito de carros na avenida por conta dos que queriam estacionar no próprio local e uma fila curta (que crescia a cada minuto), porém, rápida e fluida de pessoas para entrar.
Na porta, faixas com informações sobre a franquia e um funcionário que recebia a todos, esclarecia dúvidas e prestava assistência a quem necessitasse.
Ao adentrar, você se deparará com um espaço gigantesco, que comporta um número colossal de público, onde em todos os lugares há algo para ser visto/comprado/ingerido, tudo isso muito bem distribuído em todo o ambiente. Só para deixar claro, essa é a vista do primeiro andar, olhando para a entrada/saída. A atmosfera do local em si é muito agradável, bem iluminado, movimentado e barulhento, com trilha musical rolando de fundo e a galera conversando/mastigando/bebendo.
E já que tinha muita coisa a ser vista, comecei a andar randomicamente pelas diversas seções, a começar pela de L’Acqua e Le Bibite, que é uma das primeiras logo de cara. E como podem ver, não fui o único, essa seção atraia bastante gente.
Nela, você encontrará uma variedade mediana de águas e alguns itens importados a preços não tão abusivos. Como por exemplo essa soda limonada italiana da marca Niasca, que foi fundada em uma aldeia da Ligúria, Portofino. Não consegui comprar e provar mas já está na wish list.
Ou até esse refrigerante italiano, que na composição utilizam matéria prima de primeira qualidade, água leve com baixo teor de minerais, sem adição de sabores artificias, corantes e conservantes. A proposta da fabricante, a Lurisia, é provar que mesmo sem esses aditivos sintéticos, consegue-se produzir bebidas deliciosas. Muito legal!
Achei bem interessante também esse suco com um blend de frutas e 100% natural! Wish list!
Saindo das águas e sodas italianas, se andar um pouquinho para o lado, vai se deparar com uma galáxia de cafés, de todos os tipos de grãos, formas e nacionalidades. Fiquei impressionado com a diversidade de opções. Os viciados em cafeína pirarão aqui!
E lógico, prevalecerão as marcas italianas, como em tudo ali disponível. Detalhe na venda combinada, dos cafés com a massa para cupcakes, certamente um combo muito atraente!
E na vizinhança dos cafés você encontra uma gama de geléias maravilhosas, de todos os tipos, dá vontade de comprar todas para experimentar!
Não preciso nem citar aqui o que vocês encontrarão de chocolates lá, devem ser umas três gôndolas cheias de variedade.
Só para vocês entenderem o tanto de opções, entre cafés, chocolates, geléias, bolachas, são dois corredores como esse lotados. Vão com tempo e dinheiro (esqueçam a crise econômica) e nadem neste mar de prateleiras cheias de artigos nacionais e importados. Com preços do extremo caro, Eike na fase boa, até o que nós mortais conseguimos pagar.
Fugindo um pouco das seções dos doces, já que doce engorda, ainda caminhando pelo térreo, no fundo você encontrará a parte de laticínios. E se você, como eu, não funciona bem com opções, lá com certeza não será um lugar confortável para ti.
Porque os caras têm tudo o que imaginarem relacionado a leite, desde os mais diferentes tipos de queijos duros...
...cremosos, leves, fortes, defumados, nacionais, importados...
...até os frescos, como essas mozzarellas que são feitas no dia/hora pelos funcionários do próprio Eataly. E você pode observá-los durante o processo de produção na queijaria que é separada do balcão por uma parede de vidro.
E até um iogurte feito de leite de ovelha com geleia de framboesa, vindo diretamente da Casa da Ovelha (saudades do Encontro de Foodhunters Destemperados!).
Ou um belo pedaço de queijo Parmigiano Reggiano, diretamente da Itália para o paladar paulistano.
No meio de toda esse mix lácteo, você também encontra discos inteiros de Parmigiano Reggiano e de Grana Padano.
Enfim, deu para entender que variedade é o que não falta no Eataly.
Depois de muito andar, ver, ver, andar, ver e não ter coberto nem metade do lugar, decidimos arriscar jantar em algum dos setes restaurantes que o espaço dispõe. Obviamente, que mesmo as 22h00 todas as opções estavam lotadas e com fila de espera substancial, portanto, como estratégia inicial fiquei na lista de espera de pelo menos três deles e foi o La Pizza que me acolheu para uma refeição, quase no horário de fechamento da casa.
O espaço do restaurante é limitado, não há muitas mesas, especialmente se você for com mais de 04 pessoas, já que o salão é praticamente tomado por mesas de 02 lugares apenas. Detalhe nos dois fornos dourados ao fundo, que foram trazidos diretamente de Nápoles, assim como os pizzaiolos.
Dentro da mesma estrutura há também a cozinha de pasta, que representam boa parte do cardápio, focando nos clássicos da culinária italiana.
Para começar, depois de ver tantos tipos diferentes nas prateleiras, me aventurei no refrigerante italiano que já comentei acima, esquema sem adição de elementos sintéticos etc. O sabor é bem cítrico (Cebion feelings), refrescante e diferente. Vale experimentar!
Pedimos também uma taça do vinho da casa, bem seco e achei que foi servido gelado demais. Mas no final o custo beneficio vale a pena.
Começando de verdade os trabalhos e a fome era grande, chegou a pizza que escolhemos, a Salsicciotta. Nada mais nada menos do que uma pizza napoletana com molho de tomates, mozzarella, manjericão fresco, cogumelos e a linguiça caseira da casa.
Surpreendentemente uma das melhores pizzas que já provei em SP. A massa levíssima, o molho na quantidade perfeita e a linguiça caseira deles faz toda a diferença na composição! Com sabor marcante e condimentada na medida! Golaço do Eataly!
Um pouco mais de perto só para sentirem o drama do último pedaço.
Mas como eu disse, a fome era grande, com isso, pedimos também uma pasta já que e ideia era se empanturrar geral de bons carboidratos. Foi a vez de entrar na arena o Tagliatelle All’Ossobuco!
Pasta al dente, coberta com ragu de ossobuco que foi cozido por 8 horas. O molho achei que faltou um pouco de tempero, portanto, o parmesão ralado foi um aliado para equalizar a intensidade do sabor. A carne fez jus as 8 horas de cozimento, estava desmanchando! Um bom prato!
Depois de tanto comer, já com peso na consciência por ter trocado o treino físico do dia por uma orgia grastronômica, não podia deixar de continuar comendo e fechar a noite com uma sobremesa (risos). Com o espaço praticamente fechando, conseguimos ainda pegar aberta a Nutellaria.
Achei legal as embalagens que substituíram a marca do produto pelo nome da cidade de São Paulo.
E o show acontece na sua frente, a cada pedido, onde despejam meio pote de Nutella em cada um dos crepes. Não sei se é proposital ou falha de treinamento do staff (que de fato estava em fase beta ainda, bem crus), mas quem gosta de Nutella adorará.
E ele chega assim em suas mãos, farto e bem recheado. Porém, necessitando alguns ajustes ainda, como na massa, por exemplo, que estava muito pesada e borrachuda.
Mas com uma quantidade de Nutella massiva, ou seja, margem de erro reduzida em 90% porque o melhor já está ali e em excesso. No final do dia, vale a pena pedir um e dividir!
O desfecho dessa experiência é um local com muito o que se fazer, explorar, comprar, experimentar e com uma estrutura onde pode-se jantar muito bem por R$ 101,97 em duas pessoas e ainda ter uma ótima sobremesa a R$ 14,00! Com certeza fica a pretensão de voltar e conhecer mais coisas ou até repetir esse mesmo roteiro.
Eataly São Paulo
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1489 - Vila Nova Conceição
São Paulo/SP
Fone: (11) 3279-3300
Aceita todos os cartões
* Conteúdo produzido por Felipe Sakai