Você já parou pra pensar que tudo pode ser melhor? Imagina só o seguinte: pegue um Oreo, abra, coloque uma porção generosa de Nutella, feche, coma e repita. Viu só? Em uma só tacada você conseguiu melhorar duas coisas. Aposto que a galera do Vaporetto Container Bar estava pensando nisso quando decidiu abrir também para o almoço.
Para quem ainda não sacou, o Vaporetto é construído em alguns containers. Idéia genial e simples que ficou muito legal. São basicamente dois ambientes. O de fora, que fica no nível da rua e um climatizado, que fica no primeiro andar. Eu já tinha ido lá várias vezes porque ele é um dos meus bares preferidos do Recife. O espaço é irado, a comida é excelente e a cerveja tá sempre gelada. Mas agora que eles estão com um menu exclusivo de almoço, não saio mais de lá.
E já que o lugar é federal vou fazer dois posts em um. Primeiro falarei sobre o almoço e depois sobre o bar à noite. Antes de qualquer coisa, tenho que falar da cozinha do Vaporetto. Ela é comandada por Pedro Godoy, que parece ter 12 anos, mas cozinha como uma pessoa de 200. Impressionante. Tudo, eu disse TUDO que eu comi lá estava incrível. E com o almoço não seria diferente. São várias opções com um preço justo devido ao alto grão de deliciosidade que cada prato traz. Começamos com o clássico Caldinho de Feijão.
Como no geral eu não gosto de comidas líquidas, normalmente evito caldinhos e afins. Mas sempre abro uma exceção para o exemplar do Vaporetto porque ele realmente é muito bom. Mais quente que a sua axila ao sair da academia, ele agrada a todos com seu elevado nível de sabor. Como a fome aumentou depois do caldinho, já fomos logo pedindo os pratos. O primeiro foi o Número 10 (pois é, os pratos não têm nome e são identificados pelo número. Meio caído, né?), que é um nhoque de batata doce com carne de sol amenteigada, no molho de queijo coalho maçaricado.
Só para vocês terem uma ideia do quanto esse prato é gostoso, eu só como ele toda vez que vou lá. A vontade de provar mais uma vez essa delícia é maior do que a curiosidade de experimentar novos pratos. O nhoque é sensacional e a carne de sol amanteigada é praticamente uma humilhação a qualquer outro tipo de carne de sol que você já tenha comido. O segundo prato que chegou na nossa mesa foi o Número 11 (Mc Donald’s feelings) que é um filé mignon em cubos com massa penne ao molho blue cheese.
Eu provei e posso dizer que estava muito bom. Eu adoro blue cheese, então se tivessem colocado esse molho em um guardanapo e me dado para eu comer, teria gostado de todo jeito. Mas o penne estava no ponto certo e o filé perfeitamente preparado. Coisa fina. Depois disso só nos restou pedir a sobremesa e quer coisa mais típica do que um bolo de rolo?
Segundo o cardápio, esse é o Bolo de Rolo Crocante. Não tem muito o que falar, né? Bolo de rolo é essa maravilhosidade que todo mundo já conhece e o sorvetinho só dava aquela gostinho a mais. Puro sabor. Corte seco, troca o cenário e já é noite, vejam só!
Assim como durante o dia, o Vaporetto da night tem os dois ambientes, um climatizado e um ao ar-livre. As duas grandes diferenças são a quantidade de gente e o cardápio.
Como à noite o esquema lá é de barzinho, o menu foca nos petiscos. Para acompanhar a quantidade dantesca de cerveja que estava circulando pela mesa, pedimos um prato chamado Uma Mulher Vestida de Sol.
Cubos de carne de sol, cubos de queijo coalho, cubos de batata doce, pimenta biquinho e castanha de caju. Tudo isso refogado na manteiga de garrafa e mel de engenho. Leia novamente a discrição do prato. Não tem como ser ruim, não é? E não era mesmo. Estava uma delícia. Carne macia, queijo no ponto, tudo perfeitamente temperado, bom demais. Continuamos entornando litros do líquido sagrado até que a fome se apresentou novamente. Foi aí que pedimos o Filé Terra Brasilis.
Filé ao molho blue cheese com fritas. Simples e delicioso, assim como as melhores coisas da vida (momento poético). É como eu disse lá em cima: eu adoro blue cheese e o filé, como sempre, estava perfeito. Junte a isso batatas fritas sequinhas e temos um combo de felicidade gastronômica. Depois disso não tinha mais o que fazer fora continuar apreciando a temperatura glacial das cervejas que chegava à nossa mesa até chegar a hora da conta. No almoço, deu R$40 por ser humano (eram dois), sem bebidas. E à noite, R$80 por cabeça (éramos três), contando com quantidades nucleares de cerveja. Então é isso, meus amigos. Chegamos ao final de mais um episódio de "Paulo está engordando novamente porque só come e bebe". Deixem seus comentários aqui embaixo e até o próximo episódio!
Vaporetto Container Bar
Rua Leopoldo Silva, 100 - Parque Santana
Recife/PE
Fone: (81) 9930-9313
* Conteúdo produzido por Paulo Cabral