Sim, eu estou fazendo um mapeamento gastronômico dos arredores da minha casa. Esse é meu terceiro post em SP e eu ainda não consegui sair do bairro. Desculpa, eu até tento fazer posts de outros lugares, mas a preguiça não deixa. Aliás, a qualidade dos lugares aqui na Vila não deixa. E enquanto tem restaurante bom pra mostrar, daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. E quem é a estrela da vez? O Leôncio.
Um casal de amigos muito queridos se referem ao dito cujo como “Melhor carne de SP” e com essas três palavrinhas mágicas, já conseguiram criar uma super expectativa na food hunter aqui. Primeiro porque eu amo carne. Segundo porque eu achei que eu só poderia comer a melhor carne de SP depois de umas dez promoções no trabalho. Mas olha que boa notícia: eu estava errada.
O Leôncio fica numa esquininha super despretensiosa na Rua Girassol. É pequeno e a espera é animada. Não vi ninguém na fila sem uma bebida em uma mão e um prato de lingüiça na outra. Demos sorte e não esperamos quase nada. Sorte mais ou menos, porque quando a espera é assim, a gente nem se incomoda. Sentamos numa mesinha do lado de fora e como o lugar é pequeno, não conseguimos tirar uma foto melhor do salão sem enfiar a máquina na cara de outra pessoa, coisa que minha mãe me ensinou ser falta de gentileza.
Disfarçando aí essa falta de ambientação, vamos falar do nosso primeiro pedido: uma Colorado Pale Ale (marido que gosta de cerveja e te faz sair da zona pilsen de conforto). Amarguinha, porém gelada e super gostosa. Eles têm uma variedade até legal do - como bem chama meu amigo e food hunter Paulo Cabral - líquido sagrado. Depois repetimos o mesmo pedido porque estava bem bem boa.
Pra acompanhar os carboidratos líquidos, vamos escolher um sólido. E claro que eu ainda acho super normal pedir pastel em todos os bares/restaurantes que eu vou aqui #meujeitinho. Pedimos uma porção desses tesouros nos sabores carne e queijo. Case com alguém que não te faça pedir pastel de um sabor só e serás eternamente feliz.
Um zoom no interior da iguaria e constatamos que a carne é picadinha na ponta da faca, tá? Nada de patinho moído. Um prato que, até quando é ruim é bom, não tem muito como dar errado, né?
Aí ficamos lá tentando decidir se íamos comer como duas pessoas normais (pedindo 1/2 porção do assado com 400g de carne) ou feito duas pessoas que acabaram de sair de um cativeiro de um culto apocalíptico (obrigada Tina Fey por essa referência). O esquema no Leôncio é: você escolhe a carne e ela vem acompanhada de uma saladinha delícia. Os acompanhamentos são por fora. Nós fomos de 1/2 Bife de Chorizo. O que falar desse prato que eu só comi igual nas terras hermanas? Lembra de melhor carne de SP? Ponto para os meus amigos. Suculenta, macia, perfeitamente assada, digna de slow claps.
Para acompanhar fomos de mandioca frita (gente, aprendam de uma vez: o nome disso é ma-ca-xe-i-ra, coisa feia mudar o nome das coisas). Delícia como tem que ser. Não pedimos mas ouvimos falar super bem do Arroz Biro-biro e da farofa de ovos. Podem ir com fé que eu confio em quem passou essa dica.
Comemos como duas pessoas normais e ficamos orgulhosos de não ter enfiado o pé na jaca. Aquele orgulho que logo se transforma numa certeza absoluta que você merece uma sobremesa. Mas infelizmente minha fixação pelas sorveterias artesanais não estão me deixando pedir sobremesa em lugar nenhum. Vou ficar devendo, mal aí! No fim das contas, pagamos 65,00 por cabeça com cervejas e uma água. Quando dá vontade de comer aquele churrasco sem precisar ir num rodízio, desço duas ruas e bato lá na portinha de madeira. É batata. Quer dizer, é brasa, mêo.
Leôncio
Rua Girassol, 284 - Vila Madalena
São Paulo/SP
Fone:(11) 3812-7309
Aceita todos os cartões
* Conteúdo produzido por Nathália Cunha