Julia Quinn, escritora da saga de livros que inspirou a série Bridgerton, se pronunciou, nessa segunda-feira (24), sobre a mudança de gênero do personagem Michael na adaptação da Netflix.
Nos livros, Francesca Bridgerton fica viúva e acaba se apaixonando por Michael, primo de John, seu falecido marido. Já nas telas, Michael foi substituído por Michaela. As personagens serão o primeiro casal sáfico da série. A troca foi revelada na segunda parte da terceira temporada, lançada em 13 de junho, e dividiu opiniões dos fãs.
Por meio de uma publicação no Instagram, Julia afirmou entender o sentimento dos fãs e explicou seus motivos para confiar na decisão da produtora Shondaland, responsável pela série:
"Qualquer pessoa que viu qualquer entrevista minha nos últimos anos sabe que estou profundamente comprometida com a ideia de fazer de Bridgerton um universo mais inclusivo e diverso conforme os livros são adaptados para a tela."
Para a autora, a ideia da showrunner Jess Brownell pareceu arriscada demais a princípio, mas acabou fazendo sentido após um "longo tempo" de conversa:
"Quando escrevi O Conde Enfeitiçado (livro da série que acompanha a história de Francesca), tive que brigar com o meu editor para incluir os quatro primeiros capítulos, que estabeleciam o amor dela por John. Ele achava que calcar muito esse sentimento faria com que o papel de Michael como herói romântico acabaria diminuindo."
Ela agradeceu ao público pela honestidade, e o feedback, e pediu que todos confiassem no material que ainda será produzido:
"Obrigada aos leitores e fãs por me enviarem suas reações honestas. Me sinto grata por sua compreensão, e tocada por seu comprometimento profundo por esses personagens. Eu peço que vocês depositem em mim, e no time da Shondaland, um pouco de fé enquanto nos movemos adiante. Acho que vamos acabar com duas histórias diferentes – a da tela, e a da página –, mas que ambas serão lindas".