Família é Tudo chegou com muito humor, romance e confusões ao horário das 19h. Mas arrisco dizer que o grande mérito da trama de Daniel Ortiz é a escalação do elenco. A começar pela maravilhosa Arlete Salles, que aos 85 anos esbanja vitalidade e talento, e tudo em dose dupla. Como Frida – dada como morta nos primeiros capítulos – e sua irmã gêmea Catarina, a veterana brilha em cena e mostra fôlego de estreante.
E se o público ama torcer por protagonistas de fibra, a novela entrega logo duas: Vênus (Nathalia Dill) e Electra (Juliana Paiva). Que grande acerto colocar atrizes especialistas em viver mocinhas românticas lado a lado, como irmãs! A sintonia da dupla fica evidente a cada cena, mas cada uma brilha por si só em seus dramas próprios.
Irmãs sofredoras
Electra precisa provar sua inocência após ter passado anos na prisão, acusada de tentar matar o ex-namorado, Luca (Jayme Matarazzo). As decepções se acumulam na vida da moça, e a atriz tem conseguido imprimir todos os altos e baixos de sua personagem.
Vênus parece só mais uma mocinha de novela das sete, não fosse o talento de Nathalia Dill. A primogênita dos Mancini carrega a dor do abandono pela mãe, o luto pela morte do pai, o sofrimento de ver os irmãos brigados. Tudo isso enquanto tenta esquecer Tom (Renato Góes), que ela acha que a traiu no passado. Sensata, mas ao mesmo tempo frágil, vênus é uma personagem cheia de camadas. Mas pelas redes sociais, é possível ver que ela é a favorita do público.