Berlim, spin-off de La Casa de Papel focado no personagem de Pedro Alonso, estreou nesta sexta-feira na Netflix. A história da série se passa antes dos eventos vistos na produção original, mostrando Berlim como líder de um bando de assaltantes.
A produção tem muitas semelhanças com La Casa de Papel, mas a principal diferença é o "clima" da série, muito mais leve que a anterior, sem grandes momentos de tensão. A mudança foi intencional, conforme revelado pela roteirista Esther Martínez Lobato ao jornal Folha de S.Paulo.
— Queríamos que as pessoas pudessem desfrutar Berlim sem ver a opressão, o sequestro, as armas, a violência e a ansiedade que havia na série original. Precisávamos buscar a tensão e o interesse em outros lugares e também oferecer ao espectador uma alternativa aos telejornais. O mundo estava ficando complicado — disse ela.
O resultado parece ter agradado os espectadores. Nas redes sociais, a volta de Berlim às telas está sendo celebrada. "Seis anos depois e eu ainda sou completamente apaixonada por ele", escreveu uma usuária do X, referindo-se ao personagem.
Há também quem já esteja torcendo para que a produção ganhe uma segunda temporada com participação de Alvaro Morte, intérprete do Professor, irmão de Berlim. Ele não aparece nos oito episódios desta primeira temporada.
Abaixo, GZH elenca os principais pontos a série.
O que é destaque em "Berlim"
Roubo e plano mirabolante
Assim como em La Casa de Papel, a trama de Berlim gira em torno de um roubo ousado e que só terá sucesso se nenhuma parte do plano mirabolante dos ladrões der errado. Desta vez, a intenção é assaltar uma casa de leilões de Paris que guarda jóias avaliadas em 44 milhões de euros. Para isso, o bando planeja usar as passagens subterrâneas das famosas Catacumbas de Paris. O plano é apresentado ao público em detalhes, tal qual na produção original.
Novos personagens
Berlim se passa antes de La Casa de Papel, e os assaltantes são outros. O bando liderado por Berlim é formado por Damián (Tristán Ulloa), Roi (Julio Peña Fernández), Cameron (Begoña Vargas), Keila (Michelle Jenner) e Bruce (Joel Sánchez). A convivência entre eles têm destaque na série, repetindo o formato já utilizado pelos roteiristas anteriormente. Também é possível traçar paralelos entre os assaltantes de Berlim e os de La Casa de Papel, uma vez que alguns têm personalidades bastante semelhantes.
Clima de romance
E é claro que alguns dos assaltantes também se envolvem afetivamente. Em La Casa de Papel, a tensão do roubo é equilibrada com as histórias de amor e os dramas pessoais dos integrantes do bando, apresentados paralelamente na narrativa. Em Berlim, a fórmula se repete e é levada ainda mais à risca. Por vezes, a série ganha ares de comédia romântica.
Novo amor de Berlim
Quem também se deixa levar pelo romantismo é Berlim. Volátil, o personagem tem um longo histórico de relacionamentos e paixões avassaladoras. No spin-off, Berlim sai de uma relação quando já se apaixona por outra pessoa. Ninguém menos que Camille (Samantha Siqueiros), a esposa do diretor da casa de leilões que ele deseja assaltar. Propositalmente, o amor impossível de Berlim lembra muito o vivido pelo Professor (Alvaro Morte) e a inspetora de polícia Raquel Murillo (Itziar Ituño).
Referências a "La Casa de Papel"
Os fãs de La Casa de Papel ficarão felizes com as referências à série original encontradas em Berlim. Em dado momento, o personagem de Pedro Alonso cita o Professor e seu plano de assaltar a Casa da Moeda da Espanha. "Ele está desenhando o seu próprio golpe. Uma fantasia incrível. Está preparando há metade de uma vida", diz Berlim. Além disso, o público também terá a oportunidade de rever as inspetoras Alicia Sierra (Najwa Nimri) e Raquel Murillo. As duas fazem uma participação breve, mas são peças fundamentais para o desfecho de Berlim.