A crueldade do serial killer Jeffrey Dahmer voltou aos holofotes após a estreia do novo sucesso da Netflix, Dahmer: Um Canibal Americano. A série fez despertar tamanha curiosidade a respeito do assassino que diferentes temas relacionados a sua vida dominaram as manchetes dos portais de notícias nas últimas semanas. Condenado à prisão perpétua por ter torturado, matado e devorado 17 homens nos Estados unidos, ele não durou muito na prisão. Apenas três anos após ser detido, foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento da penitenciária.
Como em todos casos envolvendo serial killers, havia um padrão na escolha das vítimas de Dahmer. Além de serem homens, eles pertenciam a grupos em situação de vulnerabilidade social. Eram gays, negros, asiáticos, indígenas e pessoas de baixa renda. A condenação do assassino foi decretada em 1991, quando foi sentenciado a 17 prisões perpétuas, ou seja, uma para cada morte. A pena era cumprida na prisão de segurança máxima Columbia Correctional Institution.
No dia a dia da penitenciária, o criminoso tinha um sádico e nojento hábito. Dahmer utilizava comida para esculpir membros decapitados — o ketchup era tido como sangue falso. O objetivo das criações era assustar os outros presos. Por isso, deixava, estrategicamente, as esculturas macabras onde outras pessoas pudessem ver. Quem narra essa história é Christopher Scarver, que concedeu uma entrevista ao jornal New York Post em 2015.
— Ele ultrapassou o limite com algumas pessoas: prisioneiros, funcionários do presídio. Algumas pessoas estão arrependidas na prisão, mas ele não era uma delas — comentou o também criminoso.
Na ocasião, ele revelou o motivo de ter assassinado o serial killer. Incomodado com Dahmer e sua postura em relação aos outros detentos, Scarver passou a observá-lo. A partir disso, foi em 28 de novembro de 1994 que encontrou a chance de executar o plano que elaborou: matar o companheiro de prisão.
Na manhã daquele dia, ele e mais um preso deixaram suas celas para ir trabalhar. Quando se separaram, Scarver seguiu Dahmer até o vestiário. No local, com uma barra de metal em mãos, confrontou o outro sobre os crimes bárbaros.
— Perguntei se ele realmente havia cometido os crimes, porque eu estava enojado. Ele ficou chocado. Tentou procurar uma saída, mas o bloqueei. Ele acabou morto — contou.
Na sequência, Scarver deu fim à vida do outro criminoso. Com a mesma arma, foi até o segundo presidiário que o acompanhou ao trabalho e também o matou. Após isso, informou os guardas que "Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson estavam mortos porque Deus disse a ele para fazer aquilo". O assassino foi diagnosticado com esquizofrenia.