Foi-se o tempo em que o maniqueísmo imperava nas telenovelas. Para quem não sabe, isso ocorre quando há uma diferença evidente entre o bem e o mal, mocinhos e vilões. A questão é que, nos últimos anos, os malvadinhos estão cada vez mais humanizados, enquanto os heróis têm defeitos que os colocam bem perto da vilania. E não é assim a vida real?
Em Mar do Sertão, Candoca (Isadora Cruz) se casou com Tertulinho (Renato Góes) por achar que seu amado Zé Paulino (Sergio Guizé) estava morto. Passaram-se 10 anos, e o vaqueiro, agora, é o milionário José, que voltou para reconquistar a ex-noiva e se vingar do rival, que o deixou despencar de um precipício. Clichê, não é? Mas o público adora, não à toa, algumas histórias são recontadas de tantas formas. Casada há uma década, Candoca está em crise com a volta do primeiro amor. O problema é que Tertulinho tem mais carisma do que o mocinho da história. Pronto, desabafei.
Amado pilantra
Renato Góes nem de longe lembra o jovem José Leôncio da primeira fase de Pantanal. Imprimiu novas nuanças, um jeitinho atrapalhado e até mesmo cômico ao playboy Tertulinho. Por mais que tenha cometido atrocidades para se livrar do inimigo, o amor por Candoca é legítimo. Isso sem falar na cara de malandro que é quase irresistível. Sim, estou torcendo pelo vilão. Tenho problemas?