A maioria dos triângulos amorosos de novela não deixa dúvidas no telespectador. Geralmente, o terceiro vértice é vilão ou vilã: ou seja, é fácil torcer para que mocinha e mocinho sejam felizes para sempre. Mas, quando todos os envolvidos na história são do time do bem, como faz? Aí, é que a coisa se complica.
Cara e Coragem fez nascer em mim a sensação de "shippar com culpa". Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado), até então só bons amigos e colegas de trabalho, começaram a se aproximar de outra maneira. Rolou beijo, o público curtiu a química entre os dois, mas e o pobre Alfredo (Carmo Dalla Vecchia), como fica? Não há nada que desabone o marido da moça, pelo contrário. É bom pai, cozinha, cuida da casa, generoso e sincero. E, para piorar, está doente.
Dilema
Por tudo isso que citei anteriormente, não é só Pat que está "divididinha" (saudade, Tancinha), o público também. De um lado, uma nova paixão quase irresistível. Do outro, uma família feliz, dois filhos e um cara que está a seu lado há anos. Não há culpados neste triângulo. A culpa fica todinha com o telespectador, que "shippa" Pat e Moa, mas em seguida, bate aquele arrependimento...