Um dos participantes mais queridos do BBB 21, Gilberto Nogueira — conhecido como Gil do Vigor — terá seu documentário lançado no Globoplay nesta quinta-feira (9). Na produção, será abordada a aventura que passou nos últimos meses nos Estados Unidos para obter seu Ph.D. — seu maior sonho, que só descobriu ter conquistado depois de sair do reality, já que não ficou sabendo do resultado positivo das suas inscrições nas bolsas enquanto estava no programa.
Dividido em cinco episódios, Gil na Califórnia vai retratar os perrengues que o brasileiro passou se adaptando à nova cultura. Entre as dificuldades, esteve a comunicação: o economista ainda não entendia muito bem os códigos sociais americanos.
— Em inglês, I like you (eu gosto de você) tem muito peso. Abri meu coração e falava para todos os machos: "I like you so much" (gosto muito de você). Os machos ficaram com medo. Vieram me falar: "Você está apaixonado por todos os meninos?" — contou ele.
Para resolver a situação, Gil explica que teve de conversar com cada uma das pessoas a quem disse I like you para explicar que gostava delas como amigo e não estava flertando.
— Comecei a ter receio de falar, não pelo inglês, mas ficava preocupado em ofender, em gerar desconforto por algum motivo que não era proposital. De passar uma mensagem distorcida — relatou.
Além disso, o fato de ser famoso e estar com uma equipe de filmagens também o atrapalhou. O pernambucano dividiu a casa nos Estados Unidos com pessoas que não conhecia, e acabou tendo de quebrar algumas barreiras — já que nem todos entendiam o motivo de ele ser famoso.
— Teve um choque, mas fui muito acolhido por meus roommates (colegas de quarto). Alguns me receberam, tipo: "Você é famoso?". Criou-se uma repulsa, mas a gente vai para cima, agarra, morde e sai no regozijo. Teve uma resistência de quebrar essa barreira. (...) Não tem diferença. Sou igual a todo mundo. Se eu cair no chão, vai sangrar. E o sangue será vermelho, não azul — destacou ele.
Patrícia Carvalho, diretora de Gil na Califórnia ao lado de Patricia Cupello, afirma que a proposta do documentário não está focada no fato de ele ser um ex-participante de reality show:
— Não fizemos esse documentário por isso, mas porque é uma história de vida que pela educação foi transformada. O Gil chegar ao Ph.D. na Califórnia não é um feito qualquer. Isso tinha um enorme valor e achamos que o Brasil merecia escutar essa história, se inspirar nela. Que as pessoas sonhem como Gil sonhou.