A queda do avião Fokker 100 em 1996, em São Paulo; os atentados de 11 de setembro de 2001 e a visita do papa Francisco ao Rio em 2013. Na cobertura de todos esses fatos históricos, estava a GloboNews. Com um time qualificado de comentaristas e transmissões ao vivo, o canal pago celebra 25 anos nesta sexta-feira (15) e coroa a data com uma retrospectiva, às 23h, com apresentação de Maria Beltrão.
O especial, intitulado Nunca Desliga, começou a tomar forma na programação no dia 4 de outubro, com o início de uma série em 10 episódios explorando o passado, com temas gerais da sociedade, da economia à saúde, mas também abrindo o olhar para o futuro. Nesta sexta, Maria tem a missão de revisitar assuntos atuais e relevantes com outro viés, apresentando personagens de diferentes áreas que fazem parte da história, como Mônica Calazans, a primeira pessoa a tomar a vacina contra a covid-19 no país.
— Memória, informação e emoção. Revisitar o passado nos lembra como chegamos até aqui e o que preparamos para os próximos 25 ou 50 anos. Por isso, criamos um túnel do tempo, com a ajuda de realidade aumentada e muita tecnologia, para que todos possam mergulhar com a gente nessa viagem no tempo — explica Fátima Baptista, chefe de redação do canal.
Desde sua primeira transmissão — um telejornal comandado por Eduardo Grillo e Renata Vasconcellos —, a GloboNews tem a preocupação de manter seu grau de excelência. Por isso, com a retrospectiva, Maria Beltrão acredita que o modo “ágil, dinâmico e incansável” estará na tela em forma de celebração. Essa marca, em sua opinião, é o que ajuda a conquistar os assinantes em tempos com tantas fontes de informação.
— Temos um jornalismo de carne e osso. Com cara e coração. E tudo só é possível com esse time de comentaristas dos sonhos, que trazem as melhores apurações, com os nossos repórteres e correspondentes de primeiríssima qualidade. Criamos, tenho certeza, um novo modo de dar notícia — diz Maria Beltrão.
Com uma programação dedicada a veicular os principais fatos do dia, a GloboNews manteve o mesmo DNA desde sua fundação. Nos primeiros meses, a cada hora cheia da programação do dia, um telejornal de 30 minutos entrava no ar. Aos poucos, a lógica foi se alterando, alongando os noticiários com bancada e privilegiando coberturas de fôlego.
Maria lembra que, no dia 15 de outubro de 1996, data em que o canal entrou em operação, a equipe não sabia exatamente que caminho percorrer com as transmissões. Tudo começou a mudar quando fatos importantes passaram a motivar alterações na grade.
— O que atualmente é normal para o telespectador, isso de parar tudo para seguir um fato, era uma novidade no início. Demorou um tempo para todos se acostumarem com uma prática de fazer jornalismo que se tornou uma revolução — destaca Maria.
Vocação
O aniversário do canal acaba, inclusive, cruzando com a história da própria jornalista: ela completou 50 anos em 2021. Ou seja, metade de sua vida foi dedicada à ancoragem dos principais fatos na GloboNews, que acabou ganhando um tom mais próximo do espectador com o passar dos anos. Quando estreou na tela, ela receava que não tinha vocação para trabalhar diante das câmeras — concepção que mudou, aos poucos, graças ao incentivo de Alice-Maria Reiniger, uma das fundadoras do canal.
— Sempre fui uma pessoa muito informal. Meu jeito de ser cabe nessa relação de rede social, de espontaneidade. A Alice me falou que eu não era uma apresentadora convencional, mas que o canal estava atrás do diferente. Disse que eu tinha uma característica muito forte no improviso e a minha naturalidade faria diferença — lembra ela.
Essa espontaneidade no comando das principais notícias sempre foi uma marca pessoal. A apresentadora conta que vivia pedindo demissão, pensando em mudanças de carreira, mas que a cobertura dos atentados de 11 de setembro lhe causou uma virada de chave. A sensação de comandar uma extensa programação, em que teve de ficar mais de 10 horas no ar, é o que faz pulsar ela e o canal até hoje.