Há 21 anos estreava a primeira edição do No Limite, reality de sobrevivência da Globo que ganha uma nova temporada nesta terça-feira (11), logo depois da novela Império. A quinta edição do reality, que conta com apresentação de André Marques e elenco formado somente por ex-BBBs, promete trazer de volta provas que agitaram as quatro temporadas anteriores.
Entre os desafios mais temidos está a degustação de comidas que são, no mínimo, inusitadas. Olho de cabra, cérebro de bode e ovo fecundado são só alguns dos pratos já vistos no menu do reality show. Conforme adiantou Boninho, diretor da atração, os novos competidores não vão escapar de provar as iguarias indigestas. "No Limite raiz!", garantiu ele em seu Instagram.
Mas não é só de comer pratos esquisitos que é feita a sobrevivência no reality. De provas de resistência à pressão psicológica, muitas são as dificuldades de quem aceita encarar a maratona No Limite. Abaixo, relembre os principais desafios das temporadas anteriores do programa:
Olho de cabra, cérebro de bode e mais
Na primeira edição do reality, os participantes encararam o famoso desafio dos olhos de cabra. Em uma prova em equipe, todos precisavam comer a "iguaria" - caso alguém desistisse, todo o grupo seria penalizado. A tribo vencedora foi recompensada com um sabonete, o que pode até parecer pouca coisa, mas foi comemorado pelos competidores, já que eles não tinham nenhum produto de higiene para tomar banho em um rio.
A gaúcha Patrícia Diniz, a Pipa, semifinalista da primeira temporada, também teve de experimentar os olhos de cabra. Em entrevista ao programa Supersábado, da Rádio Gaúcha, ela relembrou a experiência:
— O No Limite foi um grande desafio, mas, realmente, o "bufê" ficou na memória de todos. O olho de cabra foi muito complicado, mas também não como mondongo (risos).
Também na primeira temporada, os participantes precisaram encarar outro desafio gastronômico: comer cérebro de bode, que foi servido no próprio crânio do animal. O menu parece ter enjoado participantes e espectadores, com exceção de Elaine. Tempos depois, em entrevista, a campeã da edição confessou que gostou do prato peculiar.
Nas edições seguintes, o cardápio do No Limite não melhorou muito: cabeça de galinha, vermes, macarrão com minhocas vivas, fígado cru, ouriços vivos, ovos de galinha fecundados, gafanhotos e ovos de camaleoa foram só algumas das iguarias servidas aos competidores.
Dieta restrita e caça por alimentos
Apesar das comidas exóticas, a "despensa" do No Limite não era das mais recheadas. Acompanhados por uma nutricionista, os participantes das quatro edições consumiam uma dieta de 600 calorias diárias, em média. O desafio, então, era encontrar opções para complementar a alimentação.
Munidos de facões e um kit de sobrevivência, os participantes eram incentivados a caçar. Além disso, eles também precisavam encontrar os mantimentos que garantiriam a sobrevivência do grupo. A cada três dias, a produção do programa escondia uma caixa com alimentos, que deveria ser procurada pelas tribos.
Fome na prova do tronco
Entre as provas mais difíceis das quatro temporadas está a prova do tronco, disputada na terceira edição do programa. Valendo uma imunidade, cinco competidores precisaram ficar em pé em um tronco à beira-mar, sob sol forte, pelo tempo que suportassem.
Para dificultar, o então apresentador Zeca Camargo ofertava comida a quem desistisse da disputa - não se tratava de nada bizarro, o que deixava a proposta de abandonar a prova ainda mais tentadora - e ficava passando o prato perto deles, para que sentissem o cheiro.
Por fim, quem acabou resistindo às tentações foi a fisioterapeuta Adriana. Além da imunidade em jogo, ela ganhou o direito de comer uma lata de leite condensado e fazer um telefonema para o esposo.
Muita pressão
Ainda que as provas físicas e comidas indigestas sejam difíceis de encarar, resistir à pressão psicológica talvez seja o maior desafio de quem se arrisca a participar do No Limite. Distantes da família, isolados com desconhecidos, enfrentando fome, calor e todo tipo de situação extrema, os participantes têm seus limites realmente colocados à prova o tempo inteiro.
Diante de tantas dificuldades, a vontade de desistir pode ser grande. Aí, é preciso preparo emocional para continuar na disputa. "Tem que entender que as situações extremas levarão todos ao quase desespero ou a querer desistir. Isso também trará o que é positivo em cada um. Se o participante souber usar o extremo positivo daquele grupo em favor da equipe, ele vai para frente", revelou Leonardo Rassi, campeão da segunda temporada do programa, em entrevista ao GShow.