Um dos apresentadores mais carismáticos da televisão, Tadeu Schmidt mostra neste domingo, no Fantástico, na RBS TV, o terceiro e último episódio do quadro É Muita Coincidência, inspirado em seu bordão “Sabe o que isso significa? Nada!”.
Por e-mail, ele contou sobre a criação da série e um acaso bastante inusitado em sua vida. Confira abaixo:
Como surgiu a ideia do quadro e como foram feitas as escolhas?
A ideia surgiu a partir de uma conversa sobre o meu bordão “Sabe o que significa? Nada”, quando conheci um podcast americano que falava sobre coincidências. Era realmente muito interessante, falava sobre coincidências extraordinárias e contava com a matemática para dar algumas explicações. Eu sou apaixonado pelo acaso.
A partir desse podcast, tive a ideia de fazer esse quadro no Fantástico. A gente gosta de contar histórias, e essa é uma oportunidade de mostrar algumas que são puro entretenimento. Pedimos que o público enviasse ao programa casos de coincidências. Recebemos muitos, selecionamos os mais surpreendentes e os que se encaixavam no formato.
Qual das histórias lhe deixou mais surpreso e por quê?
De todas as histórias que a gente recebeu, a da aliança perdida na praia foi a mais surpreendente. Já seria incrível encontrar uma aliança perdida na praia 30 anos depois. Encontrada por um parente de quem perdeu é absolutamente surpreendente, improvável. Não à toa, escolhemos essa história para abrir o quadro, no primeiro episódio.
Teve alguma grande coincidência na sua vida?
Lembro de uma que aconteceu quando eu tinha 10 anos. Estava em um avião de Brasília para o Rio e precisamos fazer um pouso de emergência. Lembro de ver fumaça saindo da turbina. Quando pousamos, tinha carro de bombeiro atrás da gente, foi um episódio muito marcante para mim. Ninguém sabia o que estava acontecendo, ficamos com medo. E quem estava nesse mesmo avião? Minha mulher, na época com sete anos!
O que você acha que rege essas coincidências? Destino? Deus? Como você vê esse misticismo todo? Acredita?
O que rege as coincidências é o acaso. Somos 7 bilhões de pessoas no planeta, todas fazendo muitas coisas todos os dias, ao longo de anos. É obrigatório que alguma coisa extraordinária aconteça em algum momento.
É muita gente fazendo muita coisa em um período muito extenso. Quando aumentamos as possibilidades, com certeza coisas extraordinárias vão acontecer.
Eu sou um apaixonado pelo acaso, porque ele explica tudo aquilo que a gente não consegue explicar. Para mim, não há explicações místicas ou “aconteceu porque tinha que acontecer”. Muita gente diz que nada é por acaso, eu digo quase o contrário: muitas coisas realmente não são por acaso, mas outras simplesmente são.