
A história do Grupo Corpo, uma das mais consagradas companhias brasileiras de dança, pode ser revisitada do sofá de casa. Para comemorar os 46 anos celebrados em 2021, quatro espetáculos e um documentário sobre o grupo foram liberados no NOW, plataforma de streaming da Net/Claro, no início de abril.
O especial é formado por montagens marcantes do grupo sediado em Belo Horizonte. Estão disponíveis os espetáculos 21 (1992), Lecuona (2004), Onqotô (2005) e Sem Mim (2011), além do Documentário Histórico de Maria Maria até Missa do Orfanato, que conta os primeiros 15 anos de existência do Grupo Corpo.
O espetáculo Maria Maria é fundamental para a história do grupo, já que foi a primeira montagem oficial, realizada há exatos 45 anos. A música foi especialmente composta por Milton Nascimento, e as apresentações percorreram 14 países em quase uma década.
Ainda na década de 1990, após o sucesso de Maria Maria, a companhia se dedicou a 21, espetáculo considerado um divisor de águas. Depois de atuar por uma década com temas musicais pré-existentes, o grupo mineiro volta, com este balé, a trabalhar com música composta. Da teia de combinações de ritmos e de timbres em torno do número 21, os coreógrafos criaram uma dinâmica cujo impulso é de transpiração matemática. O resgate da ideia de trabalhar com uma trilha feita sob encomenda permitiu também que o Grupo Corpo avançasse na investigação de um vocabulário próprio, identificado com suas raízes brasileiras.
Liderado pelos irmãos Pederneiras — Rodrigo, o coreógrafo, e Paulo, o diretor artístico —, o Grupo Corpo se tornou referência no cenário da dança brasileira e conquistou reconhecimento internacional. Durante três anos, entre 1996 e 1999, a companhia teve residência em Lyon, na França, quando apresentou-se pela Europa. Com 40 espetáculos criados até hoje, o conjunto já subiu ao palco de países como Islândia, Coreia do Sul, Líbano, EUA, Cingapura, França e Japão.
Mais dicas
Mostra “Ditadura nunca mais”
O Canal Brasil aderiu ao movimento #DitaduraNuncaMais e, para jogar luz sobre a importância da democracia plena, exibe de terça a sexta uma mostra com 21 títulos sobre o tema. Serão quatro dias de programação, com filmes, programas e séries que retratam os 21 anos sob os quais o Brasil enfrentou a repressão e a ditadura do regime militar. O especial inclui a série Depois do Vendaval (com exibição terça, às 7h30min), documentários como Fico te Devendo uma Carta Sobre o Brasil (terça, 11h55min), e ficções como Rasga Coração (quarta, 18h) e O Que É Isso, Companheiro? (quinta, 16h20min).

Nova versão de “Aquarela”
Já está disponível, nas plataformas digitais, a nova versão de Aquarela, parceria de Toquinho com Camilla Faustino. Regravação de um dos maiores clássicos do cantor e compositor, a canção contou com a produção de Rafael Ramos, pela gravadora Deck. Segundo Camilla, a nova versão ganhou um colorido a mais. “Quando fomos para o estúdio gravar, Toquinho soube me abrir o caminho necessário para que eu pudesse explorar algo já conhecido como se fosse inédito. Foi uma experiência realmente surpreendente; ficou orgânico, natural e fluido”, disse, em comunicado à imprensa.

Sarau Elétrico fala de Vinícius
O Sarau Elétrico desta semana dá largada a uma série de encontros focados em grandes autores. Para falar sobre o poeta e letrista Vinicius de Moraes, Katia Suman, Luís Augusto Fischer e Diego Grando recebem virtualmente o músico Carlo Pianta, que fará a leitura de clássicos como Chega de Saudade, Samba da Bênção e Garota de Ipanema. A canja musical ficará por conta de Humberto Gessinger. A função ocorre na noite desta terça, às 21h, pela página no YouTube de Katia Suman. A participação é gratuita.