O Dia Internacional da Mulher ganhou um depoimento especial no Timeline Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (8). A jornalista Fernanda Gentil conversou sobre a data celebrada mundialmente e o retorno do Se Joga, programa de variedades que retornou à grade da Globo no último sábado (6).
Segundo Fernanda, não há como "não passar um filme" em sua cabeça, já que são mais de 10 anos na frente das telas e que isso tem tudo a ver com a data. Ela frisa que a "história está sendo feita":
— É um momento histórico, de ver as bandeiras de agora, os acontecimentos que estão rolando. É uma delícia ser mulher agora, estar em muitas dessas batalhas que passam pela igualdade. Temos um papel muito nobre na sociedade, é uma função muito importante e tenho orgulho dela.
Por sempre agir "com naturalidade" em tudo o que faz, Fernanda se diz honrada por tudo o que conquistou. No Se Joga, ela acredita que consegue ser autêntica por ter essa atmosfera leve.
— O Se Joga tem a missão de ser um pouco esse respiro no meio desse panorama todo em que estamos vivendo. A gente quer ser aquela válvula de escape do espectador — frisa a apresentadora.
A jornalista lembra que o programa privilegia um recorte bem específico do público, composto principalmente por mulheres acima de 35 anos, casadas e com filhos em casa. No entanto, ela garante que a maior preocupação é ser uma atração para toda a família.
— Acaba misturando as faixas de idade, porque acaba sendo aquele ponto de encontro, sabe? Tem menos aglomerações, mas a família se reúne para almoçar e vai ficando ali, sabe? Não é só idade, gênero e classe, mas nos preocupamos em como é o dia a dia daquele espectador. A expressão TV aberta, na minha opinião, é apropriada: não tem como saber exatamente, a gente fala para muito mais gente do que imagina — define Fernanda.
Protocolos
Devido à pandemia, algumas mudanças tiveram de ser adotadas durante a gravação do programa. Fernanda sente saudade dos quadros em que pode estar no meio do povo e frisa que são muitos detalhes, na rotina, que precisam de atenção.
— Até na entrevista com a Sandy, para passar o tablet para ela ver uma cena, eu não podia. Tem de ter cuidado, tudo higienizado. O presente escondido atrás da cadeira, surpresa (para a cantora), foi tomado um cuidado imenso — lembra Fernanda.
Nos bastidores dos estúdios, os protocolos são rígidos, conta ela. No período em que substituiu Fátima Bernardes por alguns dias, no Encontro, ela lembra que levou advertências de um controlador.
— Eu não podia nem tomar café na reunião de pauta, porque tenho de estar sempre de máscara diante de qualquer pessoa. A gente só pode beber cafezinho no camarim, sozinho. Outro dia, sentei na cadeira para me arrumar e nem cruzar a perna para o alto eu podia, porque ele lembrou: "Olha, o coronavírus pode estar na sola do seu tênis, então não pode cruzar ela assim". Eu achei que sabia tudo dos protocolos e no fim não entendia, falei que não vinha mais (risos) — conta Fernanda.
A apresentadora também comentou sobre o período em que ficou isolada em casa, após ter sido infectada pela covid-19. Foram 14 dias trancada no quarto.
— Dá um efeito no nosso psicológico também, de saber que tem algo matando meia humanidade e estar em você. Meu maior perrengue foi a imprevisibilidade mesmo, tinha medo de morrer à noite com falta de ar e não acordar. Mas eu tinha médico, remédio, cumpri o que foi mandado e deu tudo certo — recorda.
Para encarar esse e outros momentos, ela agradece a Priscila Montandon, sua esposa, que ganhou uma declaração amorosa no final do Timeline Gaúcha:
— Quando começamos a namorar, eu só falava: "Onde você estava esse tempo todo?". Era muita cumplicidade, essa troca, parceira para tudo mesmo. Ela é ponta firme total, quando estou amolecendo, ela vai lá e me segura. Somos muitos parecidas, ela é o que eu precisava a vida toda sem nem saber que precisava. Além de tudo, gosta de um chope — finalizou Fernanda, entre risos.