Há exatos 20 anos, CSI: Investigação Criminal estreou na televisão americana, pela rede CBS, como um sucesso instantâneo. O fenômeno televisivo acompanhava um grupo de investigadores forenses na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos. Usando a ciência, grandes doses de criatividade e testes de DNA, eles prendiam semanalmente criminosos engenhosos, violentos ou peculiares.
Quem quiser relembrar as primeiras temporadas de CSI, pode ficar ligado nas maratonas do canal por assinatura AXN. De segunda a sexta, a série é exibida das 11h às 22h e depois da meia-noite às 6h. Aos sábados, a transmissão começa por volta de 9h e vai até as 20h. Por fim, é retomada à meia-noite de sábado para domingo, seguindo no ar até 18h15min (aproximadamente).
A seguir, GZH relembra algumas das curiosidades do seriado para celebrar a data.
1. O.J. Simpson
Nos anos 1990, o ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson foi personagem de um rumoroso processo criminal. Depois de ser acusado do assassinato de Nicole Brown, sua ex-mulher, o popular astro da NFL acabou absolvido pela Justiça dos EUA. A cobertura da mídia foi gigantesca, abrindo caminho para a popularização da ciência forense. E foi aí que surgiu a ideia de trazer para as telas investigadores movidos por provas científicas.
2. Confuso demais
Antes de estrear no ano de 2000 pela CBS, nos Estados Unidos, os produtores de CSI ofereceram o seriado para a ABC, da Disney. Os executivos do canal, no entanto, não viram muito potencial e não investiram na ideia. Rumores afirmam que eles teriam declarado a premissa da série "confusa demais para a audiência regular". Mais tarde, essa teoria se provaria bastante equivocada.
3. Mulheres por trás dos crimes
Não é de hoje que o público feminino é responsável por grande parte da audiência de dramas sobre investigações criminais. Em 2003, inclusive, CSI tornou duas mulheres as showrunners mais bem pagas da televisão norte-americana: Carol Mendelsohn e Ann Donahue, à época com 52 e 48 anos, eram as responsáveis pela série original e o spin-off C.S.I.: Miami. Cada uma levou US$ 20 milhões em um acordo de longo termo com os produtores das séries.
4. Nick demitido
Inclusive, quando a série já era um fenômeno estabelecido na televisão, o ator George Eads (que interpretava Nick Stones) ficou de fora da primeira parte da 14ª temporada por causa de Mendelsohn. De acordo com rumores, ela o estava punindo por ter gritado com uma das roteiristas de CSI. Essa, no entanto, não foi a primeira vez que Nick foi demitido: em 2004, o contrato dele também foi encerrado após ele tentar renegociar o salário à força, chegando atrasado a gravações. O ator afirmou que foi tudo um mal-entendido e logo foi readmitido pela CBS.
5. Ficcional, mas nem tanto
Pelo menos dois personagens da versão original de CSI: Investigação Criminal são baseados em pessoas reais. Catherine Willows (interpretada por Marg Helgenberger) é inspirada em Yolanda McClary — as duas aparecem juntas na foto acima. Já Grissom é baseado em Daniel Holstein, que trabalhou como consultor na série.
6. Mas bastante ficcional, também
Muitas pessoas que seguiram para a área de investigação forense por conta da série podem ter acabado decepcionadas com a realidade. Acontece que, nos Estados Unidos pelo menos, o departamento de análise de cenas de crime não é composto por detetives, como na série. Eles não investigam suspeitos, não prendem criminosos e, no geral, apenas analisam de forma científica as cenas do crime e provas lá encontradas. O resto fica por conta da polícia.
7. Efeito CSI
Essas liberdades que a série toma com a realidade causaram até o que os profissionais da área chamam de "efeito CSI". O nome faz referência à ideia grandiosa que o seriado dá para provas científicas, levando a audiência a crer que qualquer crime pode ser solucionado graças a testes de DNA, digitais ou gotas de sangue. No mundo real, contudo, essas provas tendem a ser bem mais incertas e muitos crimes bem mais difíceis de serem solucionados.