Uma nova fase iniciou-se, nesta semana, em Éramos Seis. Com a morte de Júlio (Antonio Calloni), Lola (Gloria Pires) e os filhos terão que aprender a seguir em frente sem o patriarca.
Em uma época que relegava as mulheres a um papel secundário, Lola enfrentará o preconceito da sociedade ao tomar as rédeas da família.
As sequências que mostraram a piora no estado de saúde e sua consequente morte foram as mais emocionantes da trama até aqui. Calloni se descolou do papel do monstruoso Roger Sadala, da série Assédio, ainda que Júlio não fosse um "mocinho". O chefe da família Lemos tinha seus defeitos, mas tentava dar uma vida confortável para a esposa e para os filhos. Era um homem de seu tempo, machista e rígido, mas tinha um bom coração.
Em todas essas nuanças, Calloni foi impecável e fez uma dobradinha de dar gosto com Gloria Pires.
Jovens talentos
As cenas dramáticas que foram ao ar durante esta semana confirmaram o talento de jovens atores como Giullia Buscacio (Isabel), André Luiz Frambach (Julinho) e Danilo Mesquita (Carlos). Mas foram de Nicolas Prattes os momentos mais intensos e memoráveis.
Na pele de Alfredo, o mais problemático dos filhos, ele se mostrou à altura de um personagem tão complexo. Deixa nas entrelinhas que Alfredo sempre foi quem mais amou o pai. Duvido que alguém não tenha chorado com as cenas.