Quase 20 anos. Foi esse o tempo que Regina Casé ficou sem fazer novelas. Ela dedicou-se a programas como o Esquenta, foi elogiada no cinema como a Val, de Que Horas Ela Volta? (2015), mas se afastou dos folhetins. Existe uma geração que nunca tinha visto o talento dela como atriz. E muitas outras que morreram de saudade de vê-la na telinha. Por tudo isso, a presença de Regina em Amor de Mãe é um bálsamo para o público.
Toca o coração
A nova trama das nove é espetacular em muitos sentidos. Manuela Dias apresenta histórias que se entrelaçam de forma perfeita, com uma direção primorosa. Adriana Esteves emociona como Thelma, a mãe que descobre ter pouco tempo de vida. Taís Araujo, como Vitória, exprime o drama de tantas mulheres que sonham com a maternidade. Mas é de Regina o papel que mais toca o coração da gente.
Identificação imediata
Mulher, batalhadora, doméstica, nordestina, Lurdes criou sozinha seus quatro filhos. É o retrato fiel de milhões de brasileiras que enfrentam as batalhas do dia a dia, dormem na fila para conseguir vaga na escola e acordam "tão cedo que ainda é de noite", como disse Camila (Jessica Ellen), ao homenagear a mãe no discurso de formatura.
É impossível não se emocionar e não identificar um pouquinho de cada mulher que conhecemos ou somos nessas protagonistas.
