O Grupo Globo começará 2020 com uma nova estrutura. TV Globo, Globosat, Som Livre, Globo.com, Globoplay e DGCorp vão se juntar em uma nova empresa que se chamará Globo, conforme anúncio realizado nesta sexta-feira (8) pelo diretor executivo do grupo, Jorge Nóbrega.
Essa estrutura integrada "é resultado da estratégia de transformação digital da Globo, iniciada em setembro de 2018, com o programa UmaSóGlobo", de acordo com o comunicado divulgado. O programa UmaSóGlobo é descrito como uma iniciativa que alia tecnologia a dados e conteúdos gerados por plataformas e empresas do grupo.
Com a mudança, que passa a ser implantada em janeiro do próximo ano, a Globo vai centralizar a criação e a produção de conteúdos de forma separada dos canais e serviços e agrupar os negócios digitais em uma única área. A ideia é também concentrar as expertises corporativas em núcleos de competência para apoio da empresa toda e buscar parcerias para explorar novos segmentos.
"A marca Globo como a conhecemos hoje, sinônimo de TV aberta, passa a dar nome a uma empresa nova, ampliada, integrada e orientada a novos desafios e oportunidades. Estamos transformando nossos negócios atuais e desenvolvendo novos. A experiência digital mudou muito a maneira como o público consome mídia, conteúdos e serviços, e nós mudamos junto. O investimento que estamos fazendo em novas tecnologias e modelos de negócio não implica abandonar as nossas forças tradicionais. Nossa estratégia amplia a força da televisão, ao unir TV aberta e TV fechada às oportunidades digitais, com o consumidor no centro do negócio", explica Jorge Nóbrega, no comunicado.
Nesta nova estrutura, Paulo Marinho responderá pela TV Globo. Carlos Henrique Schroder vai liderar uma área responsável pela criação e produção, para todas as plataformas, de conteúdos de Entretenimento, Esporte e Jornalismo. A orientação editorial do jornalismo da empresa continuará sendo exercida pelo Conselho Editorial do Grupo Globo, que conta com a participação de Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo.
Já Erick Brêtas comandará a área de produtos e serviços digitais, gerindo o portfólio de iniciativas como Globoplay, G1, Globoesporte.com, Gshow, a home da Globo.com, o Cartola e novos produtos e serviços que continuarão a ser lançados. Além disso, Eduardo Schaeffer vai dirigir a área de "Soluções Integradas de Publicidade"; Pedro Garcia a de"Aquisição de Direitos", Rossana Fontenele a de "Estratégia & Tecnologia", Sergio Valente a de Marca & Comunicação, Manuel Belmar a de "Finanças, Jurídico & Infraestrutura", Claudia Falcão a de "Recursos Humanos" e Paulo Tonet a de "Relações Institucionais".
Marcelo Soares estará à frente da Som Livre, acumulando essa função com a gestão do "Sistema Globo de Rádio", enquanto Frederic Kachar ficará com a gestão da Editora Globo e a gestão independente da nova estrutura, se reportando a Jorge Nóbrega. Roberto Marinho Neto, até então no comando do Esporte, assumirá a liderança da "Globo Ventures", responsável pelos investimentos diretos dos acionistas em novos negócios.
Transformação
No comunicado, Jorge Nóbrega explicou que o modelo apresentado é um passo de uma jornada de transformação, na qual a empresa escolheu organizar-se por produtos e serviços e não por gêneros de conteúdo, o que traz mudanças para a área de Esporte. "A criação e produção de conteúdo esportivo será parte da área integrada de Criação & Produção de Conteúdo e as demais funções estarão distribuídas nas outras áreas da empresa. Os ganhos alcançados com a integração do Esporte, em 2016, foram fundamentais para darmos esse passo hoje. Sob a liderança de Roberto Marinho Neto, fizemos história na cobertura das Olimpíadas e da Copa do Mundo, mas também na gestão integrada de direitos e no conhecimento do torcedor brasileiro, comprovando o potencial de atuarmos juntos”, esclareceu.
Nóbrega também ressaltou que a Globo tem "uma posição única no mundo", com "os melhores talentos e, agora, integrados, mais de 100 milhões de brasileiros passando por nossas telas todos os dias". Como ganhos da estrutura integrada, o diretor executivo destacou mais eficiência com estruturas integradas e melhoria dos serviços, entre outros. "Seremos em pouco tempo uma mediatech, com soluções mais flexíveis e ofertas muito variadas para as pessoas consumirem nosso conteúdo exclusivo por via digital ou da forma que elas quiserem. Essa Globo, que nasce em janeiro, é uma empresa única, com dois corações, um no conteúdo diferenciado e o outro na tecnologia e nas oportunidades que ela traz", conclui.