Em seu terceiro trabalho na Globo e pela primeira vez com uma personagem de maior destaque, Barbara Reis, 30 anos, enfrenta o desafio de mostrar as nuanças de Shirley em Éramos Seis.
Se na primeira fase da trama ela precisava lidar com os fantasmas de um amor do passado, agora, a situação é diferente. Ao tomar coragem de abandonar a segurança que Afonso (Cássio Gabus Mendes) lhe proporcionava para viver ao lado de João Aranha (Caco Ciocler), Shirley mal sabia o quanto a decisão iria custar.
Nas ruas, Barbara conta que percebeu as mais diferentes reações do público.
— De uma forma, as pessoas discordaram da decisão dela, mas muitas se solidarizaram também. Afinal, não dá pra viver em um relacionamento sem amor — contou a carioca por e-mail.
Nova fase
Passados 10 anos na novela, Shirley depara com as consequências de ter compactuado com as atitudes de João, que nunca entregou a correspondência de Carlos (Danilo Mesquita) e de Afonso para Inês (Carol Macedo). A menina cresceu sem acreditar no amor, achando ter sido abandonada pelo pai adotivo e pelo namorado. Barbara adianta que nem tudo são flores na vida de sua personagem nesta nova fase:
— Posso dizer que a utopia de felicidade que ela imaginou realizar não se concretizará! Os dramas serão os mesmos, as preocupações e, pior, a culpa!
Do zero
O convite para integrar o elenco de Éramos Seis veio do diretor artístico Carlos Araújo, com quem Barbara já havia trabalhado na série Os Dias Eram Assim (2017) e na novela Velho Chico (2016). Ao contrário de outros personagens, Shirley não existia nas versões anteriores da novela nem no livro de Maria José Dupré (1898 – 1984), o que, de certa forma, foi um ponto positivo para a atriz, que partiu do zero ao compor seu papel.
Quando o assunto é o grande dilema vivido por Shirley, Barbara revela que não sabe se, no lugar da personagem, trocaria um casamento estável por uma paixão do passado:
— Difícil. Muito difícil responder a essa pergunta, mas creio que ficaria bastante dividida.