Além dos zumbis, outros elementos de The Walking Dead estão mostrando sinais de decomposição nas últimas semanas. Com retorno marcado para o dia 6 de outubro nos Estados Unidos, o seriado está enfrentando dificuldades nos bastidores, alimentando os rumores sobre a 10ª temporada ser a última da produção exibida pela FOX no Brasil.
Segundo a sinopse oficial, divulgada durante a Comic-Con de San Diego, a fase inédita de The Walking Dead mostrará o grupo de sobreviventes atravessando o território dos Sussurradores (grupo que se disfarça na pele dos zumbis para não ser notado), lidando com a iminência de um novo conflito mesmo sob a demonstração do poder de Alpha.
"Os Sussurradores são uma ameaça diferente de tudo que eles jamais enfrentaram. Com o apoio de uma gigantesca horda de mortos-vivos, eles aparentam ser um desafio que não pode ser vencido. Questionamentos sobre o que fazer e o medo que se alastra nas comunidades cria paranoia, propaganda, agendas secretas e conflitos internos que irão testá-los como indivíduos e como sociedade", diz um trecho da sinopse.
Além disso, outras revelações nas últimas semanas mostram que o seriado corre contra o tempo para garantir sucesso em sua fase inédita, mesmo com algumas baixas. Pensando nisso, GaúchaZH apresenta algumas das novidades mais recentes que explicam por que a produção está gerando dúvida em espectadores e nos próprios atores.
Novidades não tão empolgantes assim
Para aquecer, a AMC - produtora da atração - revelou imagens da vilã da nova temporada, a Gamma, interpretada pela novata Thora Birch (de Beleza Americana). A personagem é uma Sussurradora extremamente devota e fiel seguidora do líder Alpha. No Twitter, a publicação não gerou muito engajamento.
Além de Birch, The Walking Dead também adicionou Kevin Carroll (de The Leftovers) ao elenco, no papel de Virgil. O homem é descrito como "muito inteligente e engenhoso que está tentando desesperadamente voltar para casa e para a sua família".
O adeus a Rick
No quinto episódio da nona temporada, Rick (Andrew Lincoln) deu adeus ao seriado a pedido do próprio ator. Segundo ele, em entrevista à Entertainment Weekly em 2018, sua família toda mora na Inglaterra e ele estava perdendo o crescimento de seus dois filhos pequenos.
— Conforme eles crescem, fica cada vez mais difícil ficar viajando com eles — disse Lincoln na época, que passava uma média de seis meses por ano gravando o seriado.
Além disso, o xerife do seriado achava que seu personagem já estava se deteriorando desde a 4ª temporada.
— Suponho que pesou muito uma conversa que tive com Scott Gimple (ex-showrunner) alguns anos atrás, acho que na quarta temporada, sobre o formato da série e sobre encontrar algum jeito de completar algo que nunca seria completado — disse, em coletiva na Comic-Con durante o lançamento da oitava temporada.
A saída de Michonne
Os desligamentos não pararam com Andrew Lincoln. Na Comic-Con deste ano, foi a vez de Danai Gurira. A intérprete de Michonne anunciou sua saída do seriado após a 10ª temporada.
— Posso confirmar que esta será minha última temporada como Michonne na série. A família The Walking Dead é para sempre, isso nunca acaba. Foi uma decisão muito difícil, mas que tem a ver com a minha vocação e outras oportunidades que quero explorar — falou Danai.
Norman Reedus, que faz o papel de Daryl Dixon, aproveitou o anúncio para dizer que tinha insistindo pela permanência da colega.
— Eu tenho implorado para ela ficar desde que começamos a temporada. Ela é uma personagem tão forte, e é uma dama tão doce, e é divertida de se trabalhar.
A audiência em queda
Os números também não mentem. Segundo informações da revista Variety, o episódio final da 9ª temporada do seriado teve a pior audiência entre todas as temporadas: 5 milhões de pessoas assistiram ao desfecho. O encerramento da 5º ano, por exemplo, alcançou mais de 15 milhões de espectadores.
Em tempos de ouro, The Walking Dead chegou a registrar mais de 20 milhões.
O fim das HQs
No início de julho, o quadrinista Robert Kirkman lançou a 193ª edição da história em quadrinhos que inspira os episódios do seriado, sem aviso prévio. A ideia foi preservar a surpresa a respeito do fim da série, mas o desabafo foi claro nas poucas declarações que fez a respeito da revista.
“Eu odeio saber o que está por vir”, escreveu o criador nas últimas páginas da edição final. “Como fã, eu odeio perceber que estou no terceiro ato de um filme e que a história está perdendo o gás. The Walking Dead sempre foi baseada na surpresa. Não saber o que vai acontecer quando você vira a página, quem vai morrer, como eles vão morrer… É essencial para o sucesso da série. Só pareceu errado e contra a natureza dessa série não fazer o final tão surpreendente quanto as grandes mortes”, escreveu Kirkman.
Produtos derivados
O spin-off Fear the Walking Dead já está na 5ª temporada, comprovando que os fãs do gênero gostam de produções derivadas. Pensando nisso, a AMC já encomendou a elaboração de uma terceira série derivada do universo de zumbis com o nome provisório de Monument. As gravações devem começar em novembro deste ano e contar os desafios de duas jovens que crescerem no mundo pós-apocalíptico.
Além disso, os showrunners anunciaram que um filme proveniente do seriado já foi encomendado. Nele, os fãs terão os retornos de Andrew Lincoln e Danai Gurira. A verdade é que a preocupação em fazer novas produções derivadas justifica o enfraquecimento de sua original.