Aos 16 anos, Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) passa a maior parte de seu tempo relendo o mesmo livro, Uma Aflição Imperial, assistindo ao reality show American's Next Top Model e pensando sobre a morte. O que para a mãe da garota é um claro sinal de depressão, para ela nada mais é do que um efeito colateral de se estar morrendo. Diagnosticada com um câncer incurável, Hazel sabe que o fim de sua vida é uma simples questão de tempo.
Baseado no best-seller mundial de John Green, o filme desta segunda-feira da Sessão da Tarde, que vai ao ar às 14h, logo após o Jornal Hoje, mostra a épica história de amor entre a garota e Augustus Waters (Ansel Elgort), um jovem com osteossarcoma e uma estranha obsessão por metáforas. No primeiro encontro, ele irrita a garota ao puxar um maço de cigarros, mas então se explica:
— É uma metáfora, veja bem, você coloca a coisa que mata entre os dentes, mas nunca dá a ela o poder de te matar.
As ressonâncias metafóricas de suas ações a parte, após os dois se conhecerem em um grupo de apoio a crianças com câncer, sua relação progride rapidamente da simples amizade. Unidos por um amigo em comum, Isaac (Nat Wolff), que fica cego devido ao tratamento contra o câncer, eles são um grupo único:
— Não parecemos muita coisa, mas aqui nós temos cinco pernas, quatro olhos, e dois pares e meio de pulmões funcionais — declara Augustus, em certo ponto.
Entre o romance, a comédia e o drama, a história mostra que talvez Shakespeare nunca esteve mais errado do que quando declarou através de Cássio, em Júlio César: "A culpa, meu caro Brutus, não está nas estrelas mas em nós mesmos". Às vezes, defende John Green, não há ninguém, mas as estrelas, para culpar pelas tragédias da vida.
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Ficha Técnica
A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars), de Josh Boone. Com Shailene Woodley, Ansel Elgort e Nat Wollf. Drama/Romance, Estados Unidos, 2014, 133min.