Em outubro de 1989, 43 bebês nasceram de mães que não estavam grávidas em um mesmo dia — são crianças que apenas vieram ao mundo, sem gestação e aviso prévio. O que ninguém esperava é que um homem rico adotaria sete destes humanos superdotados e que, ali, estaria surgindo um novo grupo de “super-heróis”. Esta é a proposta de The Umbrella Academy, que tem estreia marcada para o dia 15 de fevereiro de 2019 na Netflix.
A aposta da plataforma de streaming aqueceu o público na Comic Con Experience (CCXP) neste fim de semana, com a presença dos atores David Castañeda, Tom Hopper, Ellen Page, Emmy Raver-Lampman; do criador da HQ que origina o roteiro, Gerard Way, ex-vocalista do My Chemical Romance; e do quadrinista brasileiro Gabriel Bá, que foi o responsável pelas ilustrações da publicação. Os visitantes puderam assistir ao primeiro teaser do seriado e as reações dos brasileiros encantaram o elenco. Pelo menos, é o que garante Tom:
— Fiquei no canto vendo a reação do público e me surpreendeu muito. Foi inesquecível ver tanta gritaria e aplausos, as pessoas realmente ficaram impactadas. O meu personagem é o líder do grupo e ele tenta manter a união do time, apesar de suas limitações — explica o ator, que participou da sétima temporada de Game of Thrones no papel de Dickon Tarly.
— Me senti incrível, foi empolgante ver tantos rostos alegres com uma criação minha. Foi sensacional esta reação coletiva com o elenco — completa Gerard.
O enredo de The Umbrella Academy vira a chave quando o criador dos sete superdotados falece, fazendo uma reunião forçada do grupo de “irmãos”. Neste encontro, eles recebem a informação de que um elemento muda de lado e liderará o fim do mundo, que deve acontecer nos próximos oito dias.
Com tanta tensão, Ellen Page — eternizada por Juno — acredita que o longa-metragem discute pontos muito importantes da atualidade. Sobretudo, sobre o caráter:
— Não é somente uma história sobre se colocar em perigo, mas sim de como eles usam os poderes para ajudar o mundo. É cada um sendo obrigado a se unir para ajudar o mundo. É disso que precisamos em nossa realidade, em que vemos um planeta tão dividido.
Emmy Raver-Lampman interpreta Alison, uma atriz conceituada de Hollywood que tem o poder de ver suas palavras — muitas vezes, desejos bem íntimos — se tornando realidade. Sua “anomalia” ajudou em questões pessoais:
— Ela tem influência e o poder de decidir coisas. Pequenos fatos. Com a personagem, percebi o quanto somos influentes em nossos próprios destinos. Refleti muito sobre a importância de de decidir coisas que faço da minha vida mesmo.
* O repórter viajou para São Paulo a convite da Netflix