O alarme do banco dispara, os criminosos saem pela porta principal e mandam todo mundo entrar.
— Todo mundo com o celular na mão, pro chão, agora, para o chão! — grita um dos ladrões.
Os presentes não pensam nem duas vezes. Todos se jogam no piso, bem no hall da casa da moeda. E começam as ameaças.
Tudo isso, que parece a descrição de um assalto a banco real, é exatamente como o público entra no estande de La Casa de Papel, da Netflix, na Comic Con Experience, evento que se encerrou neste domingo, em São Paulo.
A riqueza de detalhes é imensa. Logo na entrada, a escada emblemática da Casa da Moeda da Espanha é igual a do seriado de sucesso. Após algumas “ameaças”, o público é convidado a aproveitar o espaço e suas diversas possibilidades.
Em dois corredores, são opções variadas: de um lado, uma central telefônica imita o local em que o líder da trupe de assaltantes usava para fazer as ligações para a polícia. O visitante pode conversar e testar sua própria voz, que sai “alterada” na hora. No mesmo corredor, os celulares dos reféns (da série) estão colados com identificação. Esta ala termina com uma sala que imita uma delegacia - trata-se de um fundo de ficha policial que pode ser usado para fotos pelos participantes.
No outro corredor, a brincadeira continua. O cofre do banco está cheio de notas espalhadas. O visitante pode pegar milhares de cédulas jogar para o alto. A realização do sonho de muitos. Depois, ao lado, é possível sentar na sala de aula de treinamento para o assalto, como nos primeiros episódios da série.
Uma gaúcha na Casa da Moeda
Na equipe dos ladrões, a equipe de GaúchaZH descobriu um detalhe curioso: a Nairóbi do estande da Netflix é gaúcha. A semelhança de Mariana Rosa, 31, com a atriz Alba Flores, que interpreta a personagem na série, é evidente.
- Além de sermos parecidas, me identifico muito com ela, ela é muito querida pelo público e quando aceitei o convite, não imaginava que seria um estande tão gigante - confessa a atriz.
Mariana é natural de Bagé, mora em São Paulo desde 2007 e estuda teatro. Ela conta que o mais bacana do estande é que as pessoas entram mesmo no clima, pedem fotos com os ladroes apontando arma na cabeça e que gostam de serem feitos refens.
-Teve um menino de 3, 4 anos que estava fantasiado de super-herói e pulou em mim querendo foto. Ele disse: “Me segura, bandida!” - diverte-se