Se depender de Vladimir Brichta, 42 anos, os espectadores pouco saberão sobre o destino de Remy, personagem mau caráter da novela Segundo Sol. Se a morte do canalha será de verdade ou pura manobra dentro da ficção, só será possível saber assistindo à cena prevista para ir ao ar no dia 8 de setembro.
A autenticidade da morte do personagem, decretada pelo diretor João Emanuel Carneiro desde o início da trama, passou a ser questionada com a proximidade do capítulo 100 da novela das nove. A teoria é de que Karola, vivida por Deborah Secco, matará o ex-amante, mas ele seguirá vivo, porém escondido.
— Nem gravei a cena da morte e já estão querendo ressuscitá-lo. Acho que morrerá, sim, mas estou preparado para tudo. Sei que vou me divertir de qualquer jeito. Essa vai ser a minha primeira morte numa novela, então estou muito entusiasmado — afirmou Brichta em entrevista publicada neste sábado (25) na coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
Ciente desde o início de que seu personagem morreria, Brichta disse ter se dedicado a transformar Remy em um homem desagradável.
— Me preocupei bastante em conduzir o Remy de uma forma que ele ficasse o mais desagradável e incômodo possível para os outros personagens. No decorrer da novela, muitas pessoas me falavam que torciam para que ele se redimisse. Mas, nos capítulos recentes, creio que ele assumiu a sua perversidade de vez, então, o público não quer ele se redima, mas, continuar acompanhando as suas maldades — disse o ator.
O desempenho com o atual trabalho o deixou satisfeito — o que difere da forma como encara o personagem Narciso, de Belíssima (2005), que voltou à televisão no Vale a Pena Ver de Novo. Brichta confessou que, ao saber da reprise da novela, teve uma "sensação estranha".
— Não gostei do meu trabalho naquela novela. Não soube contar a história. Agora, vendo novamente, sinto que serve pelo menos para analisar onde errei — desabafou.