Família Lima, Gleici e Kaysar se enfrentam na final do BBB 18 somente na noite de quinta-feira (19), mas as torcidas dos brothers já estão engajadas em campanhas nas redes sociais para seus escolhidos levarem R$ 1,5 milhão para casa. Mas, afinal, quem merece levar o prêmio? Jornalistas de GaúchaZH com opiniões (bem) distintas explicam por que família Lima, Gleici ou Kaysar devem sair campeões desta edição.
Família Lima, os verdadeiros protagonistas
Opinião do repórter Caue Fonseca, da revista Donna
Imagine que você é uma jovem selecionada para o Big Brother. U-hu! Festas! Romances! Prêmios! Fama! Mas calma lá, seu pai vai junto. E ele ainda é o Ayrton, uma mistura de Renato Aragão com musa fitness. Vivenciar esse sonho transformado em pesadelo já seria um bom motivo para Ana Clara vencer, mas há outro maior: entre bebedeiras, discussões eloquentes, crises de choro, amizades, trairagens, burros amarrados, decepções amorosas e quatro paredões, a Família Lima é o coração do BBB 18. Ana infartando, Ayrton desfibrilando. Seria uma tremenda injustiça vê-los superados por uma candidata tão insossa que se tornou a sombra de Ana. Ou por uma carta de Supertrunfo, como ser refugiado de guerra. O BBB 18 deve ser vencido pelos seus verdadeiros protagonistas. Não é, papai?
Gleici, uma mulher de fibra
Opinião dos jornalistas Júlio Boll e Nathália Carapeços, responsáveis pela série de vídeos de Gaúcha ZH sobre BBB
A primeira representante do Acre do BBB mostrou que está aí para peitar quem não acredita na força do norte do país. O Acre existe?, questionam alguns em tom de piada (totalmente de mau gosto, é bom deixar claro). Existe e é de lá que vem uma jovem de 22 anos envolvida com a luta das minorias, muito batalhadora, de família humilde e extremamente estudiosa que mudou a história do BBB 18. Acusada de insossa, feia, magrela, tímida demais, incisiva além do ponto e por aí vai, Gleici se entregou para o jogo sem lançar mão de sua origem precária para comover. Fez aliados e soube equilibrar razão e coração durante sua trajetória. Encontrou na família Lima a relação de pai, filha e irmã que tanto preza fora da casa (o pai da jovem foi assassinado), se entregou ao amor de Wagner por se sentir valorizada enquanto mulher de fibra e voltou para o jogo de forma triunfal após um paredão falso que mudou o percurso da disputa. Nós torcemos por ela desde o início do jogo, desde a divulgação do elenco desta edição, desde que encontramos na acriana a representação de uma juventude engajada e que luta pelos seus valores. E essa final só veio para confirmar o que já sabíamos desde janeiro: Gleici é o grande nome do BBB 18. Por isso, merece levar R$ 1,5 milhão para casa.
Kaysar, o refugiado com coração brasileiro
Opinião do editor Rodrigo Muzell, de GaúchaZH
Comecei a torcer por Kaysar antes mesmo de ver qualquer episódio do BBB, ao saber que um refugiado sírio poderia ganhar R$ 1,5 milhão. Inclusive, não achei que iria conhecê-lo — há anos, só acompanho Big Brother pelo noticiário, já que minha paciência para as brigas comezinhas e frases edificantes sobre afinidade é nula. Neste ano, assisti bem mais. E passei a torcer também pela personalidade do sírio. Em um jogo levado tão a sério por todos, seu jeito meio pândego e despreocupado na busca por uma causa tão nobre como trazer os pais de um país em guerra tornou bem mais agradável assistir ao programa. Até as desconfianças levantadas dentro e fora da casa sobre sua história — tem gente dizendo até que ele finge não falar português direito — me deixam mais empolgado. Ao votar em Kaysar, o telespectador ganha de qualquer jeito. Se ele tiver dito a verdade, é uma história emocionante. Se ele for um farsante nascido em Guarapuava/PR, que inventou tudo para ganhar a bolada, esse terá sido o maior BBB da história.