Bruna Surfistinha volta às telas no próximo domingo, às 22h45min, no canal Fox Premium 1, em oito episódios de 45 minutos. Na segunda temporada de #MeChamaDeBruna, baseada na vida da garota de programa Raquel Pacheco, a personagem passa a trabalhar como prostituta de luxo.
A primeira temporada terminou com Bruna, interpretada por Maria Bopp, atendendo clientes em seu apartamento, determinada a dar uma guinada na carreira. Os novos episódios passam-se cerca de um ano e meio depois disso. Para atrair mais clientes, ela cria um blog, mas a fama repentina pode levá-la a um caminho de autodestruição. A trama irá mostrar o envolvimento de Bruna com drogas e um caso de pedofilia. A trama da prostituta Georgete (Stella Rabelo) e a de Lukas (Ariclenes Barroso), irmão de Jéssica (Nash Laila), terão destaque.
Uma das grandes novidades é a participação de Maitê Proença em todos os episódios. Ela interpreta Miranda, apresentadora de um programa de entrevistas que ajuda Bruna a ascender na carreira e acaba se envolvendo com ela. Maitê diz que contracenar com a Maria, uma atriz iniciante, foi uma grata surpresa:
– Ela vem com muito frescor, não tem os vícios da novela, vem com os impulsos da emoção que se tem lendo o texto, e esses são os melhores impulsos, pois não está tentando copiar ninguém.
A comparação com o filme Bruna Surfistinha, estrelado por Deborah Secco em 2011, é inevitável, mas Maitê aponta diferenças:
– O filme tinha a ideia de atingir a um determinado público, talvez mais adolescente. Essa série quer atingir o público adolescente, mas também, por causa do tema e da personagem principal, tem uma forma mais adulta de apresentar a história. Os personagens não são lineares. A própria Bruna não é apenas uma menina rebelde, ela tem uma questão por trás, tem uma sensibilidade, uma curva, contradições.
Temas Tabus são constantes
Para Roberto Berliner, diretor artístico da TV Zero, parceira da Fox na produção, a série toca em temas considerados tabus.
– A prostituição é completamente presente na sociedade, e as famílias tentam esconder para debaixo do tapete. A gente quer botar o dedo na ferida mesmo – diz.
Na avaliação de Octavio Scopelliti, diretor da série, o universo da Bruna Surfistinha é intrigante:
– A Raquel Pacheco esteve só três anos na prostituição, mas faz mais de 12 que a personagem Bruna Surfistinha está no imaginário popular, que todo o Brasil conhece, com livro, filme e série. Conversamos com ela para entender como tinha sido o processo de virar uma figura midiática tão potente.
* A jornalista viajou a convite da Fox.