Game of Thrones retorna no domingo (16) com sua penúltima temporada, um presságio do fim de uma saga composta por sexo, violência e intrigas políticas que a transformaram na série de TV mais popular do mundo.
Cersei Lannister tomou o Trono de Ferro, Jon Snow foi declarado o "Rei do Norte" depois de ressuscitar e Daenerys Targaryen se encaminha para Westeros. Agora o inverno chegou.
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Faltam 13 episódios para o fim de Game of Thrones e eles serão exibidos em duas temporadas mais curtas: a sétima, com os seis primeiros, começa neste domingo.
A série é a mais obscura e polêmica já feita no horário nobre, o que gerou críticas pelo uso excessivo da violência e do estupro como um instrumento dramático. Os roteiristas violentaram mulheres, assassinaram crianças e fizeram decapitações, além das cenas explícitas de sexo. Apunhalaram seus personagens, os envenenaram, os queimaram vivos, arrancaram os seus olhos e as suas vísceras: tudo com riqueza de detalhes e tomadas em primeiro plano.
Mas a sua audiência não diminuiu, pelo contrário, somente nos Estados Unidos chegou a mais de 23 milhões de pessoas por episódio. Game of Thrones tem mais Emmys do que qualquer outra série na história e é transmitido em 170 países, com avaliações recorde em todo o mundo.
A sexta temporada foi a primeira a ultrapassar a série de livros de George R.R. Martin, As Crônicas de Gelo e Fogo, e que seguiu o seu próprio caminho. A crítica afirmou que esta temporada marcou um retorno à forma, com uma narrativa que permitiu demonstrar a complexidade dos personagens femininos e lhes deu um poder moral que faltou nas temporadas anteriores.
Assim, Cersei (Lena Headey) se apoderou do Trono de Ferro quando seu filho mais novo, o rei Tommen, se matou após ver que a igreja na qual estava sua esposa e boa parte da corte estava em pedaços. O ataque foi planejado por Cersei para se desfazer de seus inimigos, incluindo o Alto Pardal.
Sansa Stark (Sophie Turner), vítima de um polêmico estupro que não estava nos livros, acabou vendo seu agressor, Ramsay Bolton (Iwan Rheon), ser devorado por cachorros.
Daenerys vilã?
Os criadores da série, David Benioff e D.B. Weiss, afirmaram no ano passado que as duas últimas temporadas seriam ainda mais curtas, e que a sétima começaria no verão, e não em abril, como as anteriores. Desde o início, a série anuncia a chegada do inverno, que finalmente chegou, obrigando a produção a esperar que as temperaturas baixassem para começar as filmagens.
Poucos detalhes foram revelados sobre o que vem pela frente, nada além da chegada ao elenco do vencedor do Oscar Jim Broadbent e da breve aparição do cantor pop Ed Sheeran.
Uma teoria formulada pelos fãs é que Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), que se encaminha para a conquista de Westeros, se tornará vilã. Baseiam-se no fato de seu pai, o Rei Louco Aerys II Targaryen, ter sido um assassino brutal e que a Mãe dos Dragões se tornou mais fria a cada temporada.
– É muito pouco provável – disse Iain Glen, que interpreta Jorah Mormont, ao Huffington Post. – Falo como Iain e como Jorah, dividimos a mesma voz, acredito tanto nisso que posso imaginar – completou.
Nos últimos episódios, Jon Snow (Kit Harington) e outros personagens principais deverão ganhar mais tempo nas telas, sobretudo porque há atores da série que continuam morrendo.
– Esta temporada é uma boa mudança para mim, (Jon) fala mais, está mais seguro de si – garantiu Harington à Entertainment Weekly. –Não apenas sabe o que tem que fazer, mas está mais seguro do que está falando, enquanto antes havia sempre algo de medo e dúvida – concluiu.
O episódio 61, intitulado Dragonstone, estreará às 22H na HBO.
– Sansa tem que comandar o Trono de Ferro, Arya tem que comandar Winterfell – considera Harington, que acredita que Jon Snow deveria voltar à Muralha, controlada por ele até ser assassinado a punhaladas e ressuscitado pela bruxa Melisandre.
A única certeza é que o inverno chegou.
* AFP