Nesta quarta-feira (28) comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT. A data marca um episódio ocorrido em Nova Iorque, em 28 de junho de 1969, no qual frequentadores do bar Stonewall Inn – reduto de gays, lésbicas e trans – reagiram a batida policial que era realizada ali constantemente. O levante contra a perseguição da polícia às pessoas LGBT repetiu-se em outros dias e, no ano seguinte, resultou na organização da primeira parada do orgulho gay.
Para celebrar a data, separamos 7 séries que celebram o orgulho LGBT.
1. Sense8
Após duas temporadas, em que se tornou uma das séries mais representativas do universo LGBT, Sense8 teve seu cancelamento anunciado pela plataforma de streaming Netflix. Durante os dois anos em que ficou no ar, a série criada pelas irmãs Wachowski tratou da complexidade da sexualidade sob diversos prismas. Uma das protagonistas da série, Jamie Clayton, é uma atriz transexual, assim como as irmãs criadoras da série (que se tornaram famosas por Matrix, quando ainda não tinham feito a transição sexual e eram conhecidas por seus nomes masculinos, Andy e Larry).
Uma petição pela volta da série foi criada por fãs e já conta com mais de 500 mil assinaturas. Em maio do ano passado, atores da série vieram ao Brasil gravar cenas na Parada LGBT de São Paulo – um dos argumentos para o programa ser cancelado foi de que as constantes gravações em outros países a deixavam muito cara.
2. Orange Is The New Black
Talvez a série de maior sucesso desta lista, OITNB mostra a realidade das detentas da prisão feminina de Litchfield – até por isso, é uma das atrações que consegue oferecer de maneira mais ampla o protagonismo feminino, com discussões sobre transexualidade e homossexualidade quase constantes.
Desde a primeira temporada – a série já está no seu quinto ano –, a detenta Piper é o fio condutor de uma história que vasculha o mundo de uma prisão feminina. Seu namoro com a também detenta Alex é apenas uma das representações de relacionamentos lésbicos no programa – que também tem como protagonista a atriz trans Laverne Cox.
3. The L Word
Exibida entre 2004 e 2009, a série apresenta um grupo de lésbicas e bissexuais e suas histórias recheadas de amor, medo e sexo. Na atração há Moira, que começa seu processo de transição para se tornar Max.
Em entrevista à revista Entertainment Weekly, parte do elenco da série LGBT e a co-criadora Ilene Chaiken revelaram o desejo de ver a série retornar. Para Ilene, a atração deixou uma lacuna.
– Quando saímos do ar em 2009, acho que muitas pessoas pensaram: "Tudo bem, o bastão passou agora, e haverá muitos shows que retratam a vida lésbica". Realmente não há nada. Parece que talvez devesse voltar – argumentou.
4. Transparent
Produzida pela Amazon, a série traz o talentoso Jeffrey Tambor (Arrested Development) no papel de Morton, um pai de família que se revela transexual e vira Maura.
Rhys Ernst, produtor e consultor da série Rhys, apontou, em entrevista ao jornal O Globo, que a série tem ajudado a pavimentar um caminho para que as pessoas possam se conectar com LGBTs, especialmente transexuais.
– Transgêneros vêm sendo mal representados na mídia, como monstros, vítimas, trabalhadores do sexo, serial killers, ou como se fossem piada. São sempre representações extremas, que não necessariamente são acuradas. É um histórico muito negativo. A mudança acabou de começar, e lentamente. É importante estimular o debate porque ainda há muita violência, as taxas de desemprego entre trans são imensas. Tivemos muita sorte por fazer parte do começo da conversa, estamos ajudando a mudar a perspectiva. É muito emocionante, mas também é uma grande responsabilidade – destacou.
5. Please Like Me
As arborizadas ruas de Melbourne, na Austrália, são o cenário da série Please Like Me, do comediante Josh Thomas. Criador e protagonista, ele interpreta um garoto franzino que tropeça por seus 20 e poucos anos, tão perdido na vida amorosa quanto na profissional. No primeiro episódio, Josh (o nome é um dos muitos fatos autobiográficos da série) leva um fora da namorada, sai do armário e recebe a notícia de que sua mãe tentou se matar. A partir daí, a confusão pessoal dele e sua dinâmica com a família e os amigos lançam as bases para reflexões sobre temas como solidão, sexualidade e depressão.
As descobertas sexuais de Josh são importantes, mas a série ultrapassa a questão da sexualidade para tratar do início da vida adulta – o que lhe rende justas comparações a Love e Girls. Menos pretensiosa do que ambas, Please like Me consegue tratar de temas difíceis com mais naturalidade e humor.
6. Looking
Com duas temporadas e um filme produzidos, Looking foi uma série produzida pela HBO que mostrava a vida de três amigos gays que moram em São Francisco, na Califórnia – considerada uma das capitais LGBT do mundo.
O programa seguiu a vida dos três protagonistas e a evolução de seus relacionamentos, negócios e sonhos – em uma realidade bastante própria do lugar em que moravam.
7. Queer as Folk
Com duas temporadas, Queer as Folk foi uma importante série que tratava sobre a vida de diversos personagens homossexuais na Inglaterra, durante o final da década de 1990. A série acabou ganhando uma versão norte-americana que fez ainda mais sucesso e durou cinco temporadas. A série acompanha a vida de cinco amigos gays que moram em Pittsburgh, além de um casal de lésbicas e de seus familiares.