Lá vem Chay Suede conquistar o público com seu carisma na pele do heroico Joaquim, de Novo Mundo, nova novela das seis que estreou nesta quarta-feira na RBS TV. Há pouco tempo o ator chamava atenção por causa de sua interpretação na primeira fase de A Lei do Amor, como o mocinho Pedro. Mas garante já estar pronto para contar a história do bravo artista de commedia dell'arte que lutará pelo bem coletivo e o amor de Anna (Isabelle Drummond).
– É outro mocinho. Mas o Joaquim é um herói bem diferente, porque não faz a menor ideia disso. A ficha vai caindo aos poucos sobre o tamanho da missão desse cara, que é tirar alguns índios de uma situação de risco no sul da Bahia e levá-los para o Rio de Janeiro numa marcha de três anos dentro da floresta. Ele se transforma muito – observa Chay.
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Na trama, Joaquim é salvo pelos índios depois de cair em uma armação de Thomas (Gabriel Braga Nunes). O vilão será um dos maiores empecilhos para que o mocinho fique com Anna, que acreditará na morte do rapaz.
Para Chay, a reedição do par romântico com Isabelle Drummond não os impediu de criar algo diferente do que foi visto em A Lei do Amor:
– Apesar de a gente estar repetindo a parceria, é algo novo. Acabamos descobrindo os personagens nas leituras dos textos e vimos que eles estavam bem distantes do trabalho anterior. É uma experiência construída do zero.
Chay conta que as questões indígenas sempre mexeram com ele. E isso influiu até em sua banda, que se chama Aymoréco, por conta dos índios aimorés. O ator também lembra que o convite para Novo Mundo veio em um momento em que ele estava envolvido com informações sobre histórias pré-cabralinas e que se desesperou ao ler sobre a barbárie que foi o "descobrimento" do Brasil.
– A gente vê nos livros de história que o sul da Bahia sempre foi muito minado de conflitos com os índios. O Joaquim se depara com essa situação, percebe que eles estão em enorme desvantagem e que a crueldade do povo branco não tem limites. Por algum momento, ele acaba priorizando aquelas pessoas, mesmo sem tê-las conhecido direito – relata.
Novo Mundo é descrita pelos autores Thereza Falcão e Alessandro Marson como uma aventura romântica. Por conta disso, cenas de ação não vão faltar e o elenco precisou de preparação. Chay foi muito elogiado pelo diretor Vinicius Coimbra por não ter usado dublê em suas sequências. O ator disse que até chegou a se machucar superficialmente em momentos de euforia e que as peripécias de Joaquim nos saltos e quedas fizeram com que ele perdesse o medo de altura.
– É uma novela com muita aventura. Por conta disso, já sabíamos desde o início que ia ter treinos com espadas e dublês. Todos nós temos um dublê para o que não conseguiríamos fazer. Inclusive, o meu é maravilhoso, sabe tudo de circo. Mas acabou que, na hora do "Ação", eu conseguia fazer a maior parte da coreografia e foram deixando. Então, fiz praticamente tudo – finaliza, entusiasmado.