A cidade de Nova York e o período entre a eleição e a posse da primeira mulher presidente dos Estados Unidos são, respectivamente, cenário e período de tempo da sexta temporada da série Homeland, que estreia no canal pago Fox Action no domingo (à 1h30min da madrugada de segunda-feira), mesmo horário da estreia na TV norte-americana. A reprise será às 22h de segunda.
Com todas as suas primeiras temporadas seguindo os passos da agente da CIA Carrie Mathison, interpretada por Claire Danes, duas vezes vencedora do Emmy pelo papel, os assuntos centrais sempre estiveram alinhados com conflitos ligados ao terrorismo e à política internacional.
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Levar Carrie de volta para os EUA – depois de episódios em países como Paquistão, Venezuela e Alemanha – em plena sequência da eleição americana "da vida real" é uma forma de chamar os espectadores para, novamente, uma das pautas centrais de noticiários e especulações mundo afora. Gravada muitos meses antes das votações de novembro, porém, a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton tirou um tanto do sabor de "coincidência" que provavelmente os produtores da série desejavam. E coube à Elizabeth Marvel (de House of Cards) interpretar Elizabeth Keane, a presidente que, por ora, fica apenas na ficção.
Factuais inspiradores à parte, os 12 capítulos com uma hora de duração devem responder algumas das perguntas que dominaram grupos de discussões de fãs da série: Peter Quinn (Rupert Friend) volta após o coma (na quinta temporada ele foi intoxicado por gás sarin)? E quanto à carta de despedida com um quê de declaração de amor à Carrie no desfecho do último ano? O passado da agente será "vasculhado", como muito se especulou, inclusive mostrando a fase em que Saul Berenson (Mandy Patinkin) a recrutou para a CIA? As respostas são sim e nem tanto, segundo o produtor-executivo da série Chip Johannessen, em entrevista concedida por telefone a um grupo de jornalistas de sete países.
– Peter Quinn está definitivamente voltando, e seu relacionamento com Carrie é uma parte fundamental desta nova temporada. As sequelas dele também serão marcantes – confirma Johannessen. – Mas veremos esforços da parte de Carrie para fazer algo fora da agência e não fazer mais parte do universo da CIA. Sua trajetória chegará ao limite e, inevitavelmente, haverá um movimento de volta para "casa".
Depois de cinco temporadas com um processo de trabalho que envolvia reunir-se com a CIA na fase de pré-roteiro para desenvolver histórias em países relevantes para as discussões mundiais ("Tivemos muita sorte nesse sentido", exalta Johannessen), não ter uma história preexistente e sim um local determinado foi um desafio criativo para a equipe. A transição presidencial é, sem dúvida, o grande chamariz da nova temporada, assim como mostrar o trabalho da protagonista que, pelo menos nos primeiros episódios, atuará na integração de muçulmanos que residem em Nova York e viverá no Brooklin com a filha Frannie.
A pequena, fruto do relacionamento com o militar/terrorista Nicholas Brody (Damian Lewis), segundo o produtor, aos poucos ganhará seus enredos paralelos – exatamente o ponto que levantou a suspeita dos fãs sobre retorno de personagens antigos. Dar Al (F. Murray Abraham), especula-se, crescerá em importância nos novos capítulos.
– Acho que é isso o que dá para adiantar – finaliza o produtor, evitando entrar em mais detalhes.
HOMELAND
Estreia da sexta temporada à 1h30min de domingo para segunda-feira, com reprise às 22h de segunda. Os demais episódios serão transmitidos nos mesmos horários, a partir do dia 22.
Fox Action