Claudia Abreu está satisfeita por poder contar uma história de amor que atravessa as barreiras do tempo. Em A lei do amor (RBS TV, 21h), a mocinha Helô passa por altos e baixos. Após 20 anos, a protagonista tem a chance de reviver seu romance com Pedro (Reynaldo Gianecchini), que foi interrompido por uma armação de Fausto (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz). Só que, presa em um casamento sem amor com Tião (José Mayer) e refém das chantagens emocionais da filha, Letícia (Isabella Santoni), ela perceberá que o caminho para a felicidade será mais longo do que o esperado.
– Não houve desamor. Existiu uma trama diabólica em que eles caíram e se magoaram. Só esclarecem 20 anos depois. Então, podem retomar a história de onde pararam. Porque nenhum dos dois encontrou um outro amor, de fato – lembra Claudia.
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A Helô é simples e despojada. Por isso, a personagem se distancia dos últimos trabalhos da atriz. Em 2014, Claudia deu vida à cômica Pamela Parker-Marra, em Geração Brasil. Antes, em 2012, tinha interpretado a cantora Chayene em Cheias de charme, que está atualmente sendo reprisada no Vale a pena ver de novo (RBS TV, 16h30min). Dois tipos extravagantes que passam longe do tom naturalista de Helô.
– Acho bacana variar de papéis. Então, como vinha da Chayene e da Pamela, é interessante fazer uma personagem oposta. As duas eram tipos cômicos e foi bom voltar com alguém que tivesse a simplicidade como ponto central, mesmo tendo ficado rica com o casamento. A Helô não tem subterfúgios, ela fala o que pensa – observa a artista.
Entretanto, apesar das diferenças, a Helô possui algumas características que remetem a outros trabalhos de Claudia Abreu, como o nome, por exemplo. Em Anos rebeldes (1992), sua personagem também se chamava Heloísa e tinha um corte de cabelo semelhante. Aliás, a atriz disse que demoraram a encontrar o visual da personagem, pois tudo acabava ligando a algum outro papel.
– Eu e a figurinista Gogoia (Sampaio) pensamos em fugir das personagens anteriores, que eram muito excessivas. O ideal era fazer um cabelo mais curto. E não era nem para ser tão curto. Mas falaram que ia ficar igual à Vitória de Belíssima (2005), que também tinha sido com o Gianecchini. A gente foi clareando e foi chegando nessa cor, e aí disseram que pareceria com Anos rebeldes, porque a personagem tem o mesmo nome. Acabou virando uma coincidência – explica.
Além de a personagem ir por um caminho distinto de seus trabalhos, outro ponto chamou a atenção de Claudia no folhetim. O que também levou a atriz a aceitar o convite para A lei do amor foi o ineditismo na parceria com os autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari.
– Nunca tinha trabalhado com a Maria Adelaide e sempre gostei muito das minisséries históricas dela. Fiz isso com o Filipe Miguez e com a Izabel de Oliveira e deu muito certo – conta.