Dezessete dias após ser exonerado do comando da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Luciano da Silva Barbosa Querido foi nomeado diretor do Centro de Artes Visuais, pertencente ao órgão. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1), assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Webdesigner e bacharel em direito, Querido foi assessor de Carlos Bolsonaro (Republicanos) na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro por 13 anos. Ele havia sido nomeado como presidente substituto da Funarte em maio e, em março, ingressou como diretor na fundação.
A Funarte tem como missão promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país, sendo responsável pelas políticas públicas federais de estímulo à atividade produtiva artística brasileiras. Antes de Querido assumir como presidente na instituição, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pedindo a suspensão da nomeação, argumentando que ele não possuía formação profissional ou mesmo experiência suficiente para ocupar o posto.
O ex-assessor foi oficializado na gestão do órgão em 13 de julho, e exonerado dois meses depois, na sexta troca de comando da Funarte desde o início do governo Bolsonaro. Atualmente, o presidente da entidade é Lamartine Barbosa Holanda, coronel da reserva do Exército, com experiência em logística e curso de roteirista na Escola de Cinema de São Paulo.
A GZH, a Funarte disse que não irá se pronunciar.