O empresário e colecionador de arte Ricardo Brennand morreu aos 92 anos na madrugada deste sábado (25), vítima da covid-19. Ele estava internado no Real Hospital Português, no Recife, desde o último domingo (19).
Brennand começou a sentir sintomas da covid-19, como falta de ar e cansaço, no domingo e foi internado no mesmo dia. Sua esposa, Graça Maria Brennand, 90, também contraiu o vírus, mas se recupera em casa.
Brennand nasceu em 1927 no município de Cabo, no litoral sul de Pernambuco, e é egresso do curso de Engenharia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Com presença nos ramos industriais de porcelana, aço, cerâmica, cimento, vidro e açúcar, o empresário criou o Instituto Ricardo Brennand (IRB), complexo na capital pernambucana que contém biblioteca, uma pinacoteca, e um museu de armas — ele era colecionador de arte e armas brancas.
A pinacoteca do IRB tem em seu acervo coleções como a do holandês Frans Post, que retratou a presença holandesa no período colonial brasileiros, e produção de outros artistas estrangeiros que passaram pelo país no século 19, entre outros.
O empresário iniciou sua coleção de armas brancas quando, ainda adolescente, ganhou um canivete. Em 1952, já casado e em viagem à Inglaterra, adquire outras peças, que fazem parte do museu de armas do IRB.
Brennand era primo do artista plástico Francisco Brennand, morto em dezembro de 2019.
Ele deixa a esposa, sete filhos, 23 netos, 48 bisnetos e um tataraneto.