A atriz Marina Ruy Barbosa usou as redes sociais nesta quinta-feira (28) para criticar as pessoas que estão fazendo selfies no velório de Gugu Liberato, que acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
"Velório não é lugar para tirar foto/selfie", disse Marina, em seu perfil no Twitter, ao compartilhar uma notícia sobre a fila formada para a despedida ao apresentador. "Uma coisa que não entendo e acho mórbido: Por qual motivo uma pessoa que morreu, ganha milhares de seguidores nas redes sociais? Qual o intuito de seguir alguém depois da morte anunciada?!", desabafou a atriz.
Em seguida, Marina disse pensar, ao ver tantas homenagens após a morte de alguém, se a pessoa sabia que era tão amada. "Será que ainda -em vida-, essas pessoas mostravam seu carinho pra ela?", questionou a atriz. Ela concluiu as postagens dizendo que era apenas "um desabafo e reflexão mesmo"." Vamos aproveitar a vida para homenagear, amar, prestigiar, seguir, dar like, ligar, mandar mensagens, apoiar... É tão bom e necessário receber carinho", acrescentou.
Ao responder comentários de seguidores, Marina lembrou da morte de Maysa Marques Mussi, sua amiga que estava no avião bimotor que caiu no município de Marau, na Bahia, com piloto da Stock Car, Tuka Rocha, entre outras pessoas.
"Mas e minha amiga que não era famosa, e ganhou mais de 20 mil seguidores?! Que sentido faz?", questiona a atriz, em resposta a internauta.
Velório de Gugu Liberato
O velório do apresentador Gugu Liberato, que morreu na semana passada após uma queda em sua casa, atrai fãs de todo o país nesta quinta-feira (28). Entre os três primeiros da fila diante da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), estavam fãs de Bahia e Alagoas, que viajaram para fazer uma homenagem ao artista.
Apesar de o velório estar marcado para a tarde desta quinta, o primeiro a chegar ao local da cerimônia, ainda na madrugada, foi o gari desempregado Saulo Duarte Soares, 33, de Juquiá, no Vale do Ribeira, que foi com uma camiseta repleta de corações com mensagens para o apresentador.
"Cada palavra (espalhadas em corações na sua camiseta) tem um significado: família, amigo, força, paz, solidariedade. Ele não me ajudou diretamente, mas é como se tivesse. Eu acho que aquele que faz bem para uma pessoa está fazendo bem para mim. O nosso país necessita de mais pessoas como ele", afirmou ele.
Antonio da Paz, 64, segundo da fila, veio de Ubatã, no sul da Bahia, a mais de 1.600 km da capital paulista, para acompanhar de perto a despedida de Gugu. "Assim que eu soube que ele faleceu, viajei pra cá pra fazer as minhas homenagens", disse o vendedor autônomo. Antonio diz que a morte do apresentador "deixa um vazio e uma tristeza imensa."