A Disney se prepara para entrar no mercado do streaming com seu próprio serviço de vídeo sob demanda. O conglomerado no Mickey promete um catálogo invejável, em uma reunião de títulos do estúdio com atrações do Hulu e da ESPN+. As operações devem começar ainda neste ano, de maneira simultânea em vários mercados mundo afora, incluindo o Brasil.
O serviço será livre de anúncios e abrigará algumas das principais marcas da gigante do entretenimento, incluindo as animações O Rei Leão e Frozen, filmes como A Noviça Rebelde, os super-heróis da Marvel, o universo Star Wars, as produções da Pixar, como Toy Story, além do portfólio da recém-adquirida Fox.
Como o lançamento será global, essa será a chance de levar para mercados como o da América Latina a programação esportiva sob demanda da ESPN+ e as séries originais da Hulu, caso de The Handmaid's Tale e This Is Us. As produções do canal da National Geographic também devem entrar no pacote.
No catálogo da Disney+ ainda estarão séries exclusivas, inspiradas nas produções que, há décadas, ela exibe nos cinemas. É o caso de uma inspirada em Star Wars chamada The Mandalorian, outra centrada no vilão Loki, da Marvel, e de uma de animação baseada em Monstros S.A..
No futuro, algumas produções da Disney continuarão a estrear nos cinemas e logo depois estarão disponíveis em sua plataforma online. Outras, como é o caso do remake de A Dama e o Vagabundo, irão direto para o streaming.
Mais uma novidade da plataforma, segundo informa a revista especializada Variety, será a produção de um seriado inspirado no livro e filme homônimos Com Amor, Simon. A história, que originou o premiado longa-metragem, é um romance sobre um adolescente gay, vivido nas telas por Nick Robinson. Os responsáveis pela nova adaptação, segundo a publicação, serão Isaac Aptaker e Elizabeth Baker, da série This Is Us, e não o diretor do filme de 2018, Greg Berlanti.
Reinado da Netflix em perigo
A Netflix já conta com 139 milhões de assinantes, mas começou suas operações na área do vídeo sob demanda há 12 anos e construiu seu império incluindo na grade produções que foram criadas pela Disney, como Cinderela e Vingadores.
Agora, a companhia do Mickey corre para contornar o prejuízo. E vai chegar num momento em que esse mercado começa a se pulverizar, com a chegada de novas concorrentes, incluindo Apple e WarnerMedia, essa última apoiada pela gigante das telecomunicações AT&T.
Esses e outros detalhes fazem parte de um anúncio feito pela empresa a investidores de Wall Street, na sede do grupo, em Burbank, na Califórnia. A chegada da Disney ao mundo do streaming, com uma plataforma própria de conteúdo, é uma forma de fazer frente ao domínio da Netflix. Em maio, o chefe da companhia Bob Iger já afirmara que migrar para o streaming era a prioridade máxima da empresa.
Ainda segundo as agências de notícias, investidores de Wall Street estão esperançosos com a chegada desse novo serviço de vídeo sob demanda, que cobraria mensalidade na casa dos
US$ 7,50 (algo em torno de R$ 29). Analistas da Reuters estimam que, só nos Estados Unidos, o serviço deverá contar com 13,6 milhões de assinantes por volta de 2021.