A Unesco afirmou nesta segunda-feira (3) que está "à disposição das autoridades brasileiras para mobilizar toda a sua experiência", após o enorme incêndio que arrasou o Museu Nacional no Rio de Janeiro.
A diretora-geral da organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Audrey Azoulay, expressou em um comunicado sua "solidariedade ao povo brasileiro diante desta perda da herança cultural incalculável para o conjunto da humanidade"
— Este museu universitário era também um símbolo da intensidade dos vínculos entre a cultura e a pesquisa e da memória brasileira — ressaltou Azoulay.
—A Unesco está à disposição das autoridades brasileiras para mobilizar toda a sua experiência - especialmente no terreno da proteção e a conservação do patrimônio cultural — para tentar atenuar as consequências deste drama — acrescentou.
O Museu Nacional de Rio de Janeiro, arrasado no domingo pelas chamas, era o maior museu de história natural e antropológica da América Latina, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca de mais de 530.000 títulos.
Entre os objetos de paleontologia, antropologia e etnologia biológica destacava-se "o crânio de Luzia, a mulher mais antiga da América, com mais de 12.000 anos, e Bendengo, o maior meteorito descoberto no país", ressaltou a Unesco.