O grupo Teatro Ateliê, há 18 anos em atividade, foi buscar em uma peça de 1934 de Federico García Lorca o material para falar de temas ainda relevantes para a atualidade. Yerma, um dos textos mais conhecidos do dramaturgo e poeta espanhol, mostra a vida de um casal tradicional de uma comunidade na Andaluzia.
Dedicada à casa e ao marido, Yerma projeta sua felicidade no desejo de ter um filho. As coisas, no entanto, não saem como planejado, e a impossibilidade de engravidar leva a uma espiral de frustração que afetará sua vida.
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Com o título Yerma ou Quanto Tempo Leva para Transbordar um Balde, a montagem gaúcha estreia nesta quinta, às 20h, no Teatro Renascença (Av. Erico Verissimo, 307), com ingressos a R$ 30. A temporada segue de sextas a domingos, sempre no mesmo horário, até dia 27.
Gustavo Dienstmann, o diretor do espetáculo, explica a permanência da peça no tempo:
– Lorca provoca a discussão sobre o papel da mulher na sociedade, papel preestabelecido sob uma ótica patriarcal e um guia de conduta moral que acaba, muitas vezes, produzindo frustrações e infelicidade. Nessa obra, o autor também deixa clara a hipocrisia de uma sociedade que corrói mentes, sonhos e relações com suas atitudes mesquinhas.
Para levar o texto à cena, Dienstmann conta com os atores Áurea Baptista, Alex Limberger, Alexandre Malta, Ursula Collishonn e Valquiria Cardoso. A trilha sonora original foi composta por Arthur de Faria. Todo o trabalho foi norteado pelo princípio que o Teatro Ateliê traz em seu próprio nome: os atores e o diretor também elaboram os figurinos e a cenografia.
YERMA, DE FEDERICO GARCÍA LORCA, PELO GRUPO TEATRO ATELIÊ
Onde: Teatro Renascença, (Avenida Érico Veríssimo, 307)
Quando: nesta quinta-feira, às 20h, seguindo de sexta à domingo, sempre no mesmo horário.
