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Na postagem que fez em seu Instagram, nesta terça-feira (22), Arlindo Cruz Neto, o Arlindinho, 25 anos, emocionou a internet ao pedir que seu pai, Arlindo Cruz, se recupere para que, no próximo ano, eles consigam compor um samba para o Império Serrano.
Nome histórico da escola, Arlindo já assinou o samba enredo da agremiação por várias oportunidades e, aos 58 anos, segue internado desde o começo de março, quando sofreu um Avc (acidente vascular cerebral). Mesmo assim, o filho segue forte, divulgando o disco 2 Arlindos (R$ 22, preço médio), projeto que une pai e filho pelo samba.
Em entrevista por telefone, do Rio de Janeiro, Arlindinho comentou que a ideia do disco surgiu em casa, durante rodas de samba.
– A ideia foi do meu pai, ele queria fazer o Pagode do Arlindo 2 (continuação do disco lançado em 2003, que reúne grandes parceiros de Arlindo). Então, minha mãe acrescentou, dizendo que poderíamos fazer essa parceria, foi virando um disco. Fiquei felizão – afirma Arlindinho.
Conforto
No lançamento, pai e filho têm canções feitas em parceria, como Bom Aprendiz e Papo à Vera, em alguns sambas que abordam, justamente, relações entre família e entre pai e filho. Segundo Arlindinho, a turnê segue, mesmo com o pai até hospitalizado, o que foi um pedido do mestre.
– Ultimamente, ele vinha falando: "se acontecer algo comigo, vai adiante". Até porque, temos toda uma produção envolvida, funcionários, é preciso manter a engrenagem em funcionamento – afirma.
O filho do sambista afirma que subir no palco, mesmo sozinho, acaba sendo um conforto para ele.
– O palco me conforta, me faz bem. É claro que tem dias que estou mais sensível, tenho que me concentrar mais. Mas o carinho das pessoas ajuda muito – afirma.
Para Porto Alegre, um dos primeiros lugares que acolheu Arlindinho em seu começo de carreira, há cerca de seis anos, o carioca pretende trazer o show, mas ainda não existe previsão de data. Ele lembra com carinho de seus primeiros shows por aqui, nas quadras da Banda Saldanha e da Império da Zona Norte.
– Foi o primeiro lugar que abraçou meu trabalho depois do Rio de Janeiro. A primeira vez que me senti um artista, foi aí. Levei um susto quando vi o público cantando minhas canções. As pessoas sabiam da minha história. Uma vez, fui para a casa de um amigo que tenho aí, e fiquei quase um mês (risos) – relembra.
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