A mazurca defendida por Edson Otto e os Cantores dos Sete Povos, sétima concorrente a se apresentar na terceira noite eliminatória, em 15 de dezembro de 1979, foi a grande vencedora da 9ª Califórnia da Canção Nativa.
O compositor de Prece ao Minuano – premiada em segundo lugar na primeira edição do festival –, Telmo de Lima Freitas, que participara de todas as edições anteriores, consagraria Esquilador ao conquistar a Calhandra de Ouro. Essa talvez seja a mais emblemática de suas criações. Atrevo-me a dizer que uma boa antologia de canções surgidas a partir dos festivais nativistas deverá contemplar "quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor...".
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E, falando no autor, permitam que eu valha de um texto aqui já publicado."Quero fazer minha reverência, nestes tempos áridos, a essa figura tão maravilhosamente (des)importante na vida de todos, posto que imagino não haver aquele que não tenha sido tocado por uma bela canção popular. Essas que nos fazem chorar, sorrir, amar, refletir, doer, partir, ficar...
Dentro do espectro da música regional produzida no Rio Grande do Sul, gostaria de destacar um compositor para, em seu nome, homenagear a todos que emprestam seu engenho e sua arte para construir este cenário de belas e marcantes canções que compõem o nosso cancioneiro. Ele é o grande referencial deste estilo que de forma simples convencionou-se chamar de música campeira: Telmo de Lima Freitas! Um compositor popular com letras maiúsculas, pois gigante é sua obra que é do tamanho de sua alma.
O velho Telmo beira de fogo, galpão de abrigo, viola sempre pronta para chorar, oito baixos que embala bailes de ramada e sonho, o 'capim rasteiro que do nada se criou' e nos deu de presente, entre tantas, Prece ao Minuano, Esquilador, Cantiga de Ronda, Defumando Ausências, Lembranças, Alma de Galpão, Morena Rosa, Pago Santo e Prenda Minha. O 'Telmo de Lima dos versos Freitas' – como já cantei junto com Luiz Carlos Borges – sempre ouvindo a alma de sua gente e com mãos de mago tirando sons do coração".