Sem titular desde a saída de Roberto Freire (PPS) em maio, o Ministério da Cultura já tem novo mandatário. O jornalista e atual diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine) Sérgio Sá Leitão, 49 anos, aceitou o convite feito pelo presidente da República, Michel Temer, conforme noticiou a colunista do site G1 e do canal GloboNews, Cristiana Lôbo.
Antes de dirigir a Ancine, Sá Leitão foi secretário municipal de Cultura do Rio, na gestão Eduardo Paes (PMDB), e chefe de gabinete do Ministério da Cultura entre 2003 e 2006, no período em que a pasta foi comandada por Gilberto Gil.
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Nomeação tem apoio de artistas e cineasta
Jornalista, Sérgio Leitão foi secretário municipal de Cultura do Rio e presidente da Rio-Filme. No primeiro governo Lula, foi chefe de gabinete do então ministro da Cultura Gilberto Gil e secretário de Políticas Culturais da Pasta. Na diretoria da Ancine desde abril deste ano, Leitão é ligado também ao ex-ministro da Cultura Roberto Freire (PPS), que deixou o cargo em 18 de maio, logo após a divulgação da delação da JBS.
A nomeação de Leitão para a Cultura contou com o apoio do cineasta Cacá Diegues, de quem Temer é muito próximo e com quem conversou nas últimas semanas sobre a indicação. Cacá e outros artistas, como a atriz Suzana Pires e o cineasta Vladimir Carvalho, participaram da sessão da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado que aprovou a indicação de Leitão para a Ancine em abril.
Pasta cobiçada
O cargo de ministro da Cultura vinha sendo cobiçado por deputados, como Cristiane Brasil (RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB. Em reunião nesta quarta-feira (19), no Palácio do Planalto, porém, Temer avisou a Jefferson e a Cristiane que não iria nomear a parlamentar fluminense, pois já tinha convidado outra pessoa para o cargo.
– O presidente disse que a Cristiane tem sido uma guerreira, mas que já tinha convidado outra pessoa. Pediu que a gente não ficasse com raiva. Disse que, da minha parte, não havia problema – afirmou Jefferson ao sair do Palácio do Planalto.
Delator do escândalo do mensalão do PT, o ex-deputado se reuniu com Temer junto com a filha, a convite do presidente da República.
O deputado André Amaral (PMDB-PB) também queria ser ministro da Cultura. Ele chegou a pedir ao líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), que intercedesse a favor dele. Contudo, o paraibano também enfrentou resistências. Com 26 anos, está em seu primeiro mandato como deputado, assim com Cristiane. Ele só assumiu o cargo efetivamente no parlamento em janeiro, após Manoel Júnior (PMDB) renunciar ao mandato para assumir como vice-prefeito de João Pessoa (PB).
* Com informações do Estadão Conteúdo