O nome do jovem deputado paraibano André Amaral Filho (PMDB-PB) começou a pipocar nas redes sociais e nas colunas políticas, nos últimos dias, como possível novo ocupante do Ministério da Cultura (MinC). No currículo do deputado de apenas 26 anos, consta que ele tem Ensino Superior incompleto e escassa atuação na área de cultura.
Nascido em João Pessoa (PB) em 26 de julho de 1990, caso efetivado, seria o mais jovem ministro da história do Brasil. Segundo a revista Veja, ele superaria Antônio Cabrera Filho, que foi ministro da Agricultura de Fernando Collor aos 29 anos. Amaral é mais jovem inclusive que o próprio Ministério da Cultura – criado em 1985. A pasta já foi comandada por intelectuais como Antônio Houaiss, Sérgio Paulo Rouanet e Celso Furtado e pelo músico Gilberto Gil.
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O colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois afirmou que Amaral é "pouco conhecido no meio cultural", chamando a atenção para o fato de ter curso superior incompleto e que em seu currículo "nada indica suas preferências literárias ou mesmo se já leu... "O pequeno príncipe", de Antoine Saint-Exupéry".
André Amaral foi candidato a deputado federal pela Paraíba em 2014, obteve 6.552 votos (0,34%) e não foi eleito. Assumiu como suplente, na Legislatura 2015-2019, em 2 de agosto de 2016. Foi efetivado no mandato de deputado federal, na Legislatura 2015-2019, em 1º de janeiro de 2017, quando o titular Manoel Júnior (PMDB) renunciou para assumir a vice-prefeitura de João Pessoa (PB).
O Ministério da Cultura está vago desde que João Batista de Andrade pediu demissão, na última sexta-feira. Em um ano, a pasta esteve sob o comando de outros dois nomes, Marcelo Calero e Roberto Freire, além de ter sido extinta no início do governo Temer. Segundo O Globo, Temer foi aconselhado por aliados a nomear uma mulher para o cargo, e o nome da deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) foi sugerido. Apesar de o PMDB da Câmara ter dito que não iria reivindicar o Ministério da Cultura, Amaral estaria buscando apoio na bancada. Ao contrário do que circulou no final de semana, o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), negou em nota ter indicado Amaral Filho, e vários integrantes da bancada na Câmara não acreditam na escolha do deputado.
É possível que a nomeação ao Ministério seja feita apenas na próxima semana, pois o presidente Michel Temer embarcou na segunda-feira para Rússia e Noruega. Seu retorno está previsto para sexta-feira (26/6).