Quem já foi a um show da banda O Rappa sabe o que esperar: músicos do mais alto nível, entrega total no palco, mensagens do vocalista Marcelo Falcão e o rock carregado de reggae, rap e crítica social que os cariocas se acostumaram a entregar há mais de 20 anos.
Quando subiu ao palco, alguns segundos depois do restante da banda, o vocalista Falcão anunciou o sucesso Pescador de Ilusões, que foi cantado por ele e outras milhares de vozes de planetários, que o acompanharam em uníssono. Após a música, o vocalista aproveitou para anunciar show da banda em Porto Alegre em março, para divulgar o novo DVD do grupo, um acústico na Oficina Francisco Brannard, em Recife.
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Quando o público ensaiou um "ah, eu sou gaúcho", Falcão mostrou emoção e elogiou a atitude:
– Todos os estados tinham que ter um pouquinho disso, dessa garra do gaúcho!
Antes de Súplica Cearense – "nossa homenagem a Luiz Gonzaga" –, Falcão disse que aquela "é pra dançar, mas não é Luan Santana". Disse que era uma brincadeira com o sertanejo e emendou:
– Eu já falei até para o Safadão: cabelo por cabelo, eu sou mais o meu! – disse, balançando os dreads e dando risadas.
O ápice do show veio talvez em Me Deixa, também cantada em só uma voz por toda a plateia, que terminou com um elogio do vocalista:
– Afudê!
Por fim, depois de cantar Fronteira (D.U.C.A.), que tem a letra "não existe nada melhor nesse mundo do que estar livre", Falcão sentenciou, para a loucura da plateia:
– Fazer o certo é o mais maneiro! E, se vacilar, Moro tá aí! – disse, para encerrar: – Falar de política, hoje em dia, é só ver o que está acontecendo. Então, passa para a próxima, que aqui é Planeta Atlântida!