Não teve para ninguém. Atração das mais esperadas, Anitta cumpriu com as expectativas. Em seu primeiro show solo no Planeta, esbanjou energia e mostrou o que é que a funkeira tem. Enquanto isso, o rock mostrou que ainda respira com a apresentação catártica do CPM22 (e a camisa do vocalista do Sorriro Maroto).
O dia, porém, abriu ao som do rap, com Projota. O rapper subiu ao palco ao som de Foco, Força e Fé, que foi recebida com um coral vindo da plateia. Manteve o discurso de romance e quase auto-ajuda com Faz Parte, em que canta "mais amor, por favor". Na sequência, os reggaeiros do Natiruts relembraram seus maiores sucessos – de Beija-Flor a Liberdade pra Dentro da Cabeça, passando por Deixa o Menino e Natiruts Reggae Power.
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Usando uma camiseta com patchs dos Ramones e Guns 'N Roses, o vocalista do Sorriso Maroto, Bruno Cardoso indicava que o show de sua banda seria diferente do habitual. O pagode do grupo levantou a multidão com hits como Assim Você Mata o Papai e Lua de Mel.
Vestindo um maiô cavado com estampa de oncinha, Anitta botou os quadris para funcionar desfilando seus maiores hits. Do pop ao funk, a cantora revisitou petardos como Não Para, Meiga e Abusada, Bang, Cobertor e, claro, Show das Poderosas. Ainda deu um show de rebolado ao lado do seus bailarinos com o Movimento da Sanfoninha.
O funk voltaria ao Palco Planeta com Ludmilla, que deu dividiu o palco com o rapper americano Jeremih – cujo show foi salvo justamente por Anitta, que invadiu o espaço para rebolar ainda mais. Ludmilla encerrou os trabalhos do maior espaço do Planeta Atlântida com seus grandes sucessos – entre eles, Te Ensinei Certin, Hoje e Sou Eu.
No Palco Atlântida, o rock reinou soberano. Ainda com o sol alto, duas bandas estreiam no Planeta Atlântida, mostrando seus primeiros trabalhos: a porto-alegrense NEC e a paulistana Ego Kill Talent, banda do vocalista gaúcho Jonathan Corrêa (Reação em Cadeia). No extremo oposto, a decana do hardcore Dead Fish fez uma miscelânea das suas canções mais conhecidas.
Já a Braza, do Rio de Janeiro, se apresenta como herdeira do Charlie Brown Jr. Misturando uma forte base de reggae com guitarras sujas, o grupo juntou um bom público no Palco Atlântida, que cantou e dançou a maior parte das músicas. Destaque para a percussão, cheia de personalidade. Com pelo menos o dobro de gente, o CPM22 subiu ao palco na sequência para uma apresentação enérgica e nostálgica.
Vestindo camisas com estampas coloridas, os integrantes da banda botaram todo mundo para "pogar" em um show digno de palco principal. O repertório composto quase todo por singles não poderia agradar mais: Não Sei Viver sem Ter Você, Desconfio, Regina Let's Go, O Mundo dá Voltas, Tarde de Outubro e Dias Atrás – esta, com participação do rapper Projota. Impressionante não apenas a energia dos músicos no palco, mas a juventude do público – muitos ali, talvez, sequer nascidos quando o CPM22 lançava as bases do emocore no final dos anos 1990.