PULP FICTION – TEMPOS DE VIOLÊNCIA
(Pulp Fiction) – De Quentin Tarantino. Com John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman e Harvey Keitel. Os diálogos divertidos, que geralmente precedem os atos de violência – uma marca do festejado diretor –, alcançam nesta coletânea de episódios que lembram a chamada "ficção de polpa" o seu ápice. O Oscar de roteiro ganho por Tarantino, único deste filme, também era o Oscar solitário de sua carreira até aquele que ele conquistou em 2013, na mesma categoria, por Django Livre. Merecia mais (é um diretor de cena dos mais competentes), mas, de fato, a forma como estrutura a trama, interligando os episódios que apresenta, é um dos pontos mais destacados de Pulp Fiction. Drama, EUA, 1994, 154min. Telecine Cult, sábado, 19h10min
ELENA
De Petra Costa. Bonito documentário brasileiro, Elena é um dos destaques da onda de "filmes familiares" que invadiu o cinema não ficcional do país neste século 21. Em uma narrativa construída de maneira bastante livre, acompanha a busca da diretora pela irmã mais velha. Petra Costa persegue os passos de Elena, garota que foi a Nova York para realizar o sonho de ser atriz e... Bem, melhor ver o filme para descobrir. Vale muito a pena! Documentário, Brasil/EUA, 2012, 81min. Canal Brasil, sábado, 22h
MEU AMIGO HINDU
(My Hindu Friend) – De Hector Babenco. Com Willem Dafoe, Maria Fernanda Cândido e Bárbara Paz. O último filme de Babenco, morto em 2016, é o seu projeto mais pessoal: narra a história de um cineasta diagnosticado com câncer que precisa se submeter a um transplante e, no hospital, nos EUA, conhece um menino hindu que se torna seu amigo. Chama a atenção a auto-ironia da história, inspirada na própria experiência do diretor. Drama, Brasil/EUA, 2015, 124min. Telecine Cult, madrugada de sábado para domingo, 1h45min
A BELA E A FERA
(La Belle et la Bête) – De Christophe Gans. Com Vicent Cassel, Léa Seydoux e André Dussollier. O visual desta versão do clássico conto de fadas é deslumbrante. Mas, se vem do mesmo país da maravilhosa leitura de Jean Cocteau (de 1946), este A Bela e a Fera lembra mais a adaptação da Disney (de 1991) por conta de suas frenéticas sequências de ação. Há algumas licenças dramáticas curiosas, incluindo o destaque aos irmãos da Bela. O filme funciona, no fim das contas. Fantasia, França/Alemanha, 2014, 112min. Megapix, domingo, 16h10min
O LOBO DE WALL STREET
(The Wolf of Wall Street) – De Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie e Matthew McConaughey. Este baita filme da dupla Scorsese-DiCaprio (aqui juntos pela quinta vez) narra a ascensão e a queda de um ambicioso corretor da bolsa de valores. Quanto menos pudores, melhor: os momentos de maior choque com suas atitudes extremas estão também entre os mais inspirados – preste a atenção às sequências de festas e uso de drogas. Drama, EUA, 2013, 180min. HBO Signature, domingo, 18h55min
ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA?
De Guilherme de Almeida Prado. Com Maitê Proença, Eriberto Leão e Carolina Dieckmann. Diretor de Perfume de Gardênia (1992) e A Dama do Cine Shanghai (1987), Almeida Prado voltou ao que 20 e tantos anos atrás se chamou "néon-realismo" para adaptar a obra de Caio Fernando Abreu (1948 – 1996). Amigos, o escritor e o cineasta começaram a pensar juntos neste projeto antes mesmo de ele ganhar a forma de um romance. Apesar de seus defeitos, o filme, levado a cabo vários anos após a morte de Caio F., sobreviverá como uma bela homenagem ao autor gaúcho. Drama, Brasil, 2008, 135min. Canal Brasil, domingo, 23h45min
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SING STREET: MÚSICA E SONHO (Sing Street) – De John Carney. Com Ferdia Walsh-Peelo e Lucy Boynton. Sem perspectiva de estreia nos cinemas, este longa do diretor irlandês de Apenas uma Vez (2007) e Mesmo se Nada Der Certo (2013) foi indicado ao Globo de Ouro. Novamente com a música no primeiro plano da trama, o filme conta a história de um garoto que, na Dublin de 1985, quer conquistar uma garota e, para tanto, diz tocar em uma banda de rock que ainda não existe. Comédia dramática/musical, Irlanda/Reino Unido/EUA, 2016, 106min. Disponível na Netflix